PUBLICADO EM 05 de out de 2022
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FHC apoia a Lula no segundo turno da eleição presidencial

Ex-presidente da República, do PSDB, afirma que votará em Luiz Inácio Lula da Silva “por uma história de luta pela democracia e inclusão social”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o país entre 1995 e 2002, formalizou, nesta quarta-feira (5), seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial.  Em seu Twitter ele disse: “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”.

Ontem, o economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o período FHC, havia se manifestado pelo voto em Lula. Fraga já vinha sinalizando sua posição desde o evento de leitura da Nova Carta aos Brasileiros, no Largo São Francisco, São Paulo, em 11 de agosto. “As sociedades mais prósperas do planeta, aquelas onde reina a liberdade, a solidariedade, a prosperidade, são, todas, democracias”, discursou ele na ocasião.

Também antigos adversários do PT, quadros históricos do PSDB já aderiram a Lula. Aloysio Nunes, há meses, e depois José Serra, Tasso Jereissati e José Aníbal defendem o voto no ex-presidente petista no segundo turno, em nome da democracia.

A legenda que governou o país e há décadas comanda o estado de São Paulo vem minguando. Tinha 32 deputados federais na legislatura passada, e caiu para apenas 13, dos quais talvez a maioria se alinha a Jair Bolsonaro (PL). Mas o apoio do governador Rodrigo Garcia ao atual governante enfureceu a ala histórica do partido, os fundadores e membros mais antigos.

Além disso, a aliança de Garcia provocou uma crise no governo de São Paulo. O secretário de ações Estratégicas do governo de São Paulo, Rodrigo Maia (PSDB), ex-presidente da Câmara dos Deputados, anunciou hoje sua demissão do cargo por discordar do governador. Mais secretários devem seguir Maia.

MDB libera, mas Simone deve votar Lula

Divulgação

Por sua vez, o MDB oficializou, também nesta quarta, a decisão de liberar seus filiados para votarem em Lula ou Bolsonaro (PL). A ex-candidata do partido à Presidência, Simone Tebet, vai declarar voto em Lula, afirma categoricamente a colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo.

O MDB está rachado desde antes de a candidatura de Tebet ser confirmada. Caciques do partido, como os senadores Renan Calheiros (AL), Veneziano Vital do Rêgo (PB) e o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, sempre defenderam o voto em Lula, mas foram derrotados internamente.

Na nota em que anuncia sua posição, o MDB se autodeclara “o maior e mais democrático partido do País”, apesar de liberar o voto também em Bolsonaro. A legenda se diz a única “com presença em quase todos os municípios” e afirma que “tem convicções claras a favor da liberdade, da democracia e da soberania do povo brasileiro”.

Segundo a nota, “não há a menor dúvida de que ela (Simone Tebet) se consolidou como uma liderança nacional”. A agremiação informou que, “por ampla maioria, decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência”.

“Em qualquer cenário, o MDB deixa claro que cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito”, afirma o partido.

A senadora almoçou nesta quarta-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na casa da ex-prefeita Marta Suplicy, em São Paulo, para formalizar o apoio ao petista no segundo turno.

Fonte: Rede Brasil Atual

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