Comício de Lula neste domingo (18) levou multidão para região central de Florianópolis – Foto: Ricardo Stuckert
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), que se aproveitou da presença no funeral da rainha Elizabeth II, em Londres, para fazer campanha política, falar mal da esquerda e disseminar mentiras. “Louvável o Bolsonaro ir ao velório da rainha. Mas ir fazer campanha, falar mal dos outros? Em vez de Bolsonaro ir para o velório da rainha, seria mais louvável se ele tivesse visitado familiares e órfãos das vítimas da covid-19, se ele tivesse comprado as vacinas no tempo certo”, disse Lula durante comício neste domingo (18) em Florianópolis (SC).
As críticas ao atual presidente e seu governo marcaram o ato na capital catarinense, que contou com a presença de Janja, do vice na chapa, Geraldo Alckmin, a ex-presidenta Dilma Rousseff, o candidato do PT ao governo catarinense, Décio Lima, e sua vice, Bia Vargas (PSB), além de Dario Berger, candidato petista ao Senado e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), da coordenação da campanha, entre outros.
Logo no início de sua fala, Lula abraçou as bandeiras do Brasil e do PT e cutucou Bolsonaro. Disse que ao contrário do que diz o atual presidente, que não ajudou a fundar nenhum partido e por isso não tem orgulho de nenhum, há um grande orgulho do PT. “E ao contrário do que ele diz, o Brasil não é o partido dele. E sim o nosso país”.
Lula seguiu o ritmo de Dilma, que havia feito uma série de críticas ao mandatário e aos resultados de suas políticas e omissões, como o alto número de estupros e a volta do Brasil ao Mapa da Fome da ONU. “Bolsonaro se apropria de obras, diz que fez a transposição do rio São Francisco. Mas a gente viaja o país inteiro e não vê obra nenhuma. As únicas obras são os garimpos ilegais e o desmatamento”, disse, referindo-se à região amazônica.
Lula voltou a falar em uma gestão democrática, com a realização de conferências em todas as áreas, e transparente, inclusive com a revogação dos 100 anos de sigilo impostos por Bolsonaro sobre questões de interesse público. E pediu o voto, em candidatos a deputados e senadores de partidos que apoiam a coligação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdob, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros) para “dar um jeito no centrão”.
Lula defendeu ainda o pagamento do piso salarial nacional da Enfermagem, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a correção do piso dos profissionais da Educação como investimentos na melhoria de áreas das mais importantes.
Fonte: Rede Brasil Atual
