O governo federal por meio do Ministério do Trabalho e Previdência Social apresentou os números da geração de emprego em abril com saldo positivo de 196,9 mil vagas criadas, mas a realidade está longe do ideal.
Levantamento da LCA Consultores mostra que as vagas com carteira assinada têm perdido espaço. A participação dessa modalidade no setor privado foi de 38,1% no 1º trimestre, distante dos 43% alcançados em 2014.
Os dados foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do IBGE. O número de trabalhadores com carteira assinada diminuiu em 2,8 milhões entre 2014 e 2022, ao contrário dos trabalhadores por conta própria ou sem registro em carteira em 6,3 milhões em 8 anos.
O cálculo considera a soma dos trabalhadores do setor privado no regime CLT e domésticos com carteira assinada, sem incluir trabalhadores do setor público, que emprega 11,2 milhões, o que correspondente a uma fatia de 11,8% dos ocupados.
Com o aumento dos trabalhadores na informalidade o desemprego diminui, como comenta Fausto Augusto Junior, diretor técnico do DIEESE. “Taxa de desemprego está diminuindo a partir da geração de empregos informais e com renda baixa”, diz o economista.
Esse resultado é resumido pela seguinte fala do Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, autor do levantamento. “É um movimento de precarização do mercado de trabalho mesmo”, resume.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical comenta os dados na mesma linha que o economista do Dieese e alerta que o país precisa, urgentemente, desenvolver políticas para retomar o desenvolvimento econômico do País com geração de emprego de qualidade com direitos e renda para todos.
com informações do G1