O deputado federal Valdevan Noventa enfrenta um grande desafio em São Paulo: a garantia do emprego de cobradores de ônibus. O parlamentar que também é presidente do Sindmotoristas, maior entidade do setor na América Latina, e vice-presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) tem liderado uma mobilização envolvendo trabalhadores e a sociedade em geral mostrando às autoridades o quão importante e essenciais são os cobradores para o bom funcionamento do trânsito rodoviário.
Na manhã desta quinta-feira (17), Valdevan Noventa participou de um encontro de lideranças na sede da UGT, trazendo o assunto no debate. A reunião contou com a presença de personalidades políticas como o ex-governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-deputado federal e presidente da FEMACO, Roberto Santiago, o presidente da UGT, Ricardo Patah, e sindicalistas de diversos setores.
De acordo com o parlamentar, a profissão tem sido ameaçada pelo avanço da tecnologia, mas as atribuições dos cobradores não se limitam a cobranças pelas passagens. “Eles são agentes sociais nos veículos, auxiliam os motoristas, ajudam os cadeirantes e deficientes físicos, controlam o uso dos assentos reservados de idosos e gestantes, inibem situações de assédio sexual, e ainda orientam os usuários sobre os itinerários. As empresas querem que os motoristas sejam responsáveis por tudo?”, questiona Noventa.
Valdevan encabeçou uma grande mobilização intitulada “#FicaCobrador”, a qual conta com um plano de ações. Nesse primeiro momento, uma Carta Aberta está sendo distribuída em todos os terminais de ônibus de São Paulo, bem como um Abaixo-Assinado visando colher o máximo de assinaturas defendendo a garantia do emprego de mais de 19 mil cobradores de São Paulo.
De acordo com Noventa, embora em algumas cidades já existam ônibus circulando sem cobradores, o que pode acontecer em São Paulo tende a ser reflexo para outros municípios do país, fazendo com que o futuro da profissão esteja ameaçado. “Não vamos medir esforços para impedir essa grande maldade do Poder Público”, afirmou.
Fonte: Sindicato dos Motoristas de São Paulo