O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,17% no segundo decêndio de abril, ante 2,98% no mesmo período do mês anterior. Com este resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 31,15% para 31,57%. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas
“Sem novas pressões cambiais e maior estabilidade dos preços de commodities em dólar, o índice ao produtor registrou discreta variação entre as matérias-primas brutas (0,16%), este comportamento favorece a desaceleração das pressões inflacionárias ao longo da cadeia produtiva fazendo recuar as variações de bens intermediários (5,04% para 2,89%) e bens finais (2,05% para 0,97%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 1,28% no segundo decêndio de abril, ante 3,72% no segundo decêndio de março. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de 2,05% em março para 0,97% em abril. A maior contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 15,93% para -1,20%.
O índice referente a Bens Intermediários subiu 2,89% no segundo decêndio de abril, contra 5,04% no mesmo período de março. O destaque coube ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 16,30% para 5,22%.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 3,89% no segundo decêndio de março para 0,16% em igual período de abril. Contribuíram para o movimento do grupo os seguintes itens minério de ferro (9,02% para -3,22%), suínos (7,93% para -14,28%) e café em grão (8,51% para -1,21%). Em sentido oposto, destacam-se os itens: milho em grão (1,88% para 6,60%), leite in natura (-3,42% para 1,99%) e bovinos (0,99% para 2,47%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,65% no segundo decêndio de abril, contra 0,89% no mesmo período de coleta de março. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Transportes (3,52% para 2,13%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item gasolina cuja taxa passou de 9,99% para 6,11%.
Também foram computados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Educação, Leitura e Recreação (0,18% para -0,62%) e Vestuário (0,40% para 0,16%). Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (1,24% para –5,23%) e acessórios do vestuário (2,22% para -0,38%).
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,76%), Comunicação (-0,11% para 0,27%), Despesas Diversas (0,18% para 0,49%) e Habitação (0,37% para 0,47%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: medicamentos em geral (-0,20% para 0,72%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,15% para 0,51%), serviços bancários (0,07% para 0,65%) e material para reparos de residência (0,00% para 1,08%).
Já o grupo Alimentação variou 0,11% em abril, repetindo a taxa apurada no mês anterior. Nesta classe de despesa, destacam-se os itens laticínios (-1,59% para 0,83%), em sentido ascendente, e hortaliças e legumes (-2,93% para -4,67%), em sentido oposto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,30% no segundo decêndio de abril. No mês anterior, o índice foi de 1,31%. Os três grupos componentes do INCC apresentaram as seguintes variações na passagem do segundo decêndio de março para o segundo decêndio de abril: Materiais e Equipamentos (2,72% para 3,01%), Serviços (0,70% para 0,51%) e Mão de Obra (0,29% para 0,01%).
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