PUBLICADO EM 22 de fev de 2021
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SindMotoristas: sindicalistas aprovam ofensiva contra mazelas patronal

Propostas e estratégias foram aprovadas durante Seminário de Planejamento e Ações 2021 do SindMotoristas

Realizado na quinta-feira (18), o “Seminário Planejamento e Ações 2021” aprovou propostas e estratégias em prol da categoria. Na abertura do evento o deputado federal e presidente do Sindicato dos Motoristas de São Paulo (SindMotoristas – SP), Valdevan Noventa falou sobre sua trajetória na entidade, relembrou a construção de uma carreira consolidada e pautada em princípios éticos, unidade, transparência, democracia e, acima de tudo, no respeito aos interesses coletivos.

“Não foi fácil chegar até aqui. A caminhada é árdua e penosa. É preciso usar sabedoria, inteligência, saber dialogar, entender e ouvir. Sempre fui aberto ao diálogo e democrático com todos. Não entendo a postura de alguns companheiros que têm agido de modo isolado. Fazemos parte de um todo e aqui tudo deve ser discutido em conjunto com a presidência. Reafirmo, sou democrático, mas preciso lembra-los que o estatuto do sindicato é presidencialista. Portanto, conversem comigo. As ações devem ser feitas, pensadas e elaboradas em conjunto. Ações isoladas e individualistas não têm e não terão vez”, afirmou.

Antes de ausentar-se para participar de uma reunião com empresários das empresas de ônibus urbano da capital para tratar da pauta de reivindicações referente o fim de uma hora para refeição; retorno das escalas com folgas só nos finais de semana; demandas do setor da manutenção; garantia de dos funcionários afastados devido à pandemia de Covid – 19, dentre outros assuntos de interesses dos trabalhadores (as), parabenizou os representantes das centrais sindicais que em seguida fizeram uma análise da atual conjuntura política do país,.

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, falou sobre a questão da pandemia e seus reflexos no setor econômico, bem como as dificuldades impostas pelo Governo Bolsonaro com ações que afronta o sistema democrático e de direito do país, além das ameaças de eliminação de postos de trabalho com a 4ª Revolução Indústria, que aumentar sobre maneira o exercito de excluídos no mercado de trabalho.

Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente Estadual da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST-SP), enfatizou a questão do desemprego estrutural e conjuntural no país que alcança em média dos 30 milhões de pessoas, além de lamentar que na pandemia, de acordo com Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio do DIEESE, na média, os 10% mais ricos perderam 3% da renda, e os 40% mais pobres viram a renda familiar que vem do trabalho, cair mais de 30%.

A questão desigualdade social, segundo o representante da Central dos Trabalhadores (as) Brasileiros (CTB), José Carlos Negão já deixou muitas marcas na economia brasileira e agravou uma das mazelas crônicas do país. Disse que atualmente temos mais de 15 milhões de desempregados, inflação assombrosa através dos preços dos alimentos e do aluguel, alta dos preços do botijão de gás, do combustível, água e luz, além das dificuldades impostas ao movimento sindical com reformas impopulares como a da Previdência e Trabalhista.

No mesmo raciocínio foi o discurso do representante Antônio Matias (Ceará), vice-presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário no Estado de São Paulo (FTTRESP), que falou sobre a uberização da força de trabalho, que via aplicativos que além de fazer concorrência desleal, precariza as condições de trabalho e salário dos milhões de profissionais que se submetem ao nível de exploração por falta de oportunidades devido as políticas desastrosas impostas por governantes e felicitadas por leis aprovadas nos poderes legislativos.

Além das questões políticas, houve também palestras de caráter informativo e saúde, como a do Dr. Cléber, que abordou questões da pandemia, elucidou situações pertinentes à doença Covid – 19, citou que é possível amparar e resguardar direitos aos que foram contaminados, ao se exporem ao chamado “Risco Biológico” e abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), uma vez que pode ser caracteriza como “Doença Ocupacional”, adquirida em função do trabalho.

O tema da vacinação também foi tratado no encontro. O sindicato tem exigido prioridade na imunização dos condutores. No encerramento do evento aconteceu a posse dos novos delegados da entidade e Valdevan Noventa informou que será realizada uma assembleia na próxima terça-feira para tratar com os trabalhadores sobre as demandas ainda não resolvidas.

No entanto, Noventa anunciou foi conquistado um “Termo Aditivo Emergencial de Convenção Coletiva de Trabalho”, que garante a dos empregos e pagamentos de salários e benefícios aos funcionários (as) aposentados e afastados, durante o período de pandemia. Sobre outros assuntos disse que fará novas reuniões na próxima semana com os empresários, em empresas específicas como: Viação Sambaíba, Grupo Metrópole, Gato Preto e Santa Brígida.

Fonte: PROFISSÃO TRANSPORTES

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