Em 2018 e 2019, dois anos completos após a aprovação da reforma, as vagas de trabalho intermitente foram respectivamente de 9,4% e 13,3%.
Apesar do salto na geração de vagas intermitentes em 2020, no Brasil ao todo são 230 mil postos de trabalho no regime intermitente que dá menos de 1% de todo o estoque de emprego formal, que são quase 39 milhões de carteiras assinadas.
Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV/IBRE, acredita que a forte participação de vagas desse tipo que ocorreu no ano passado não se repetirá nos próximos anos.
“A crise é uma força econômica que empurra o mercado de trabalho para uma maior flexibilização. Há muitas incertezas em relação a essa crise, que, dependendo do grau da pandemia, provoca fechamento ou abertura de atividades. Então um contrato mais flexível pode ser mais adequado”, disse Duque.
A demanda maior por trabalho nesse formato teve em destaque dois setores que foram serviços e indústria. “Está cada vez mais normal a indústria produzir de acordo com a demanda. Eu acredito que o contrato intermitente deve continuar crescendo no setor”, afirmou o pesquisador.
O problema do contrato intermitente é o trabalhador ter uma renda baixa. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 2019, um em cada cinco desses vínculos intermitentes não foi acionado no ano, ou seja, o trabalhador não teve nenhuma renda, já que não trabalhou.
com informações da Folha de São Paulo
Fonte: Redação Mundo Sindical