PUBLICADO EM 31 de ago de 2020
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Com altos lucros, Correios insistem em cortar direitos da categoria

Na tentativa de buscar um consenso, ele propôs a prorrogação do Acordo Coletivo da categoria por mais um ano, sem reajuste salarial ou das cláusulas econômicas. Com a negativa da ECT, o julgamento vai a Dissídio Coletivo.

Categoria luta contra desmonte do Acordo Coletivo – Foto: ArquivoNão teve acordo. A direção da Empresa de Correios e Telégrafos não aceita negociar a manutenção dos direitos dos trabalhadores, em greve desde o dia 17. A proposta de conciliação foi apresentada quinta (27) pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello.

Apesar de obter altos lucros por três anos consecutivos, a empresa segue firme na intenção de cortar direitos como licença-maternidade de 180 dias para 120 dias; indenização por morte; auxílio para filhos com necessidades especiais e o auxílio-creche; reduzir o pagamento de adicional noturno e de horas extras.

Lucros – Dados do relatório administrativo da empresa mostram que só em 2019 o lucro líquido foi de R$ 102,121 milhões. A empresa fechou 2019 com 99.443 funcionários, ante 105.349 no ano anterior (-5,61%).

Pandemia – Com o aumento da demanda de compra on-line em meio a pandemia, a estimativa é que a empresa tenha um lucro ainda maior este ano. De acordo com a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Findect), o faturamento da estatal cresceu 20%.

Mobilização – Diante da intransigência da empresa, trabalhadores se mostram dispostos a manter a mobilização e ampliar a greve, que tem adesão de 70% do efetivo. “Seguimos firmes. Vamos ampliar o movimento para denunciar à população as reais intenções da empresa e do governo”, avisa Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sintect-SP e vice da Findect.

Fonte: Agência Sindical

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