O deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, já se declarou líder latino do movimento conservador comandado por Bannon.
Leia o relato do correspondente latino americano do The Guadian, Tom Phillips a seguir:
Eduardo Bolsonaro, tido como o braço político da família, é o líder do grupo de Bannon, o Movimento na América do Sul, e costuma se orgulhar de seus laços com o ex-estrategista de Trump.
“Compartilhamos a mesma visão de mundo. Ele disse ser um entusiasta da campanha do Bolsonaro [sic]”, Eduardo Bolsonaro tuitou após conhecer Bannon em 2018, ao lado de uma foto da dupla.
Quando Jair Bolsonaro fez uma visita de estado a Washington em março de 2019, Bannon foi convidado para jantar na embaixada brasileira, causando indignação e angústia entre muitos diplomatas de carreira.
Analistas brasileiros descreveram a detenção do agitador de extrema direita como um golpe para o Bolsonaros.
“Por incrível que pareça, a prisão de Bannon é pior para o bolsonarismo do que para o trumpismo”, escreveu Matheus Leitão na revista Veja.
“[Bannon] foi expurgado por Trump [e] acabou sendo adotado pela família Bolsonaro, que sempre o tratou com pompa e circunstância. O terceiro filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, tornou-se não apenas um amigo, mas também representante de Bannon”, acrescentou Leitão.
Ricardo Kotscho, um comentarista de esquerda, chamou a prisão de Bannon de má notícia para os ideólogos Bannonistas dentro do governo de Bolsonaro, observando como Bannon era o guru do guru de Bolsonaro, o polemista e astrólogo norte-americano Olavo de Carvalho.
Tamanha é a proximidade entre o clã Bolsonaro e Bannon que um dos principais assessores de Jair Bolsonaro, natural da cidade de Sorocaba, ganhou o apelido de Sorocabannon.
Fonte: Jornal GGN