No relatório, o BC faz projeções considerando quatro cenários com expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, e para o câmbio.
Para essas estimativas, foram consideradas as projeções do mercado financeiro relativas aos finais de ano para a taxa Selic (3,75% ao ano, em 2020, 5,25% em 2021 e 6% em 2022), e para o câmbio (R$ 4,35, em 2020, e R$ 4,20, em 2021 e 2022).
Nesse cenário, em relação ao Relatório de Inflação de dezembro de 2019, a projeção para 2020 caiu em cerca de 0,9 ponto percentual para 2020, 0,2 ponto percentual para 2021 e 0,1 ponto percentual para 2022.
Assim, a inflação ficará próxima do limite inferior da meta para este ano. O centro da meta é 4%, com limite inferior de 2,5% e superior de 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, com intervalo de tolerância para cima ou para baixo de 1,5%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
E quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para atingir a meta de inflação.
Fonte: Agência Brasil – Brasília