O estudo aponta que o governo federal lançou, após inúmeras pressões e ainda com vários desencontros, um conjunto de medidas para lidar com a provável desaceleração da economia brasileira, já assistida em outros países.
O Dieese ressalta que o momento é extremamente preocupante, a ponto de uma das medidas profiláticas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à doença ser o controle da circulação de pessoas, o que pode evoluir até para situações de quarentena, como observado na Itália. “A economia brasileira poderá ser muito afetada, assim como a de outros países e a cadeia global de valores. O Brasil pode passar por nova recessão em 2020”, aponta o estudo.
Ainda de acordo com o estudo, para o Brasil, mal recuperado da recessão de 2014, com índices medíocres de crescimento econômico e altas taxas de desemprego, um novo mergulho na recessão poderá causar prejuízos insuportáveis para toda a população.
O estudo se refere basicamente a quatro íveis de impacto do coronavírus na economia:
- Setores diretamente afetados:
– saúde, aviação, turismo, agropecuária, indústrias dependentes de insumos importados e setor exportador, entre outros que enfrentam queda direta de demanda.
- Setores indiretamente afetados:
– serviços, comércio, administração pública e educação, entre outros.
- Populações diretamente afetadas:
– residentes em áreas de alto contágio e trabalhadores(as) formais de setores direta ou indiretamente atingidos.
- Populações em situação precária:
– população de rua, autônomos, informais e outros grupos sem renda permanente e/ou sem acesso a qualquer possibilidade de obtenção de renda.
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