Alves, que é de Curitiba, participou da paralisação de maio de 2018 e afirma fazer parte de um grupo formado por várias lideranças de caminhoneiros.
Os dois discutiram sobre os líderes ouvidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) para criar o plano de ação.
Para Alves, o governo não está falando com as pessoas certas.
Desde o fim de março, a gestão Bolsonaro tem feito promessas para agradar a categoria e evitar uma nova paralisação.
“Nós, governo, tomamos atitudes em cima da pauta que dezenas de líderes de caminhoneiros de todo o Brasil nos apresentaram. Inclusive tu, Dedéco”, afirma Onyx, em áudio obtido pela Folha.
E continua: “Não estamos aqui para mediar nem briga de caminhoneiro com caminhoneiro, e muito menos de quem se acha líder do A ou do B. Nosso negócio é respeitar e valorizar o caminhoneiro”.
Na troca de áudios pelo WhatsApp, Alves respondeu que não enviou nenhuma pauta ao governo, que não fosse o cumprimento da tabela e a redução do óleo diesel.
“A pauta nossa é fazer valer o piso mínimo e não subir óleo diesel. A decisão do nosso grupo está tomada”, diz.
O caminhoneiro também fala sobre a possibilidade de uma nova greve. “Se subir o óleo diesel, ministro, nós vamos parar e ponto final.”
O ministro responde agradecendo as “palavras de consideração”. E diz: “Vamos trabalhar daqui, e tu trabalha daí”.
Após troca de áudios, o caminhoneiro diz que o ministro o bloqueou no WhatsApp.
Fonte: Folha SP