Participaram do encontro no Dieese, em São Paulo, CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, CGTB e Intersindical.
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, a resistência à proposta apresentada por Bolsonaro leva a luta para o campo da comunicação. “Precisamos esclarecer a população e ganhar a opinião pública. Temos que ser diretos com os trabalhadores e frisar: você vai perder a aposentadoria e seus direitos”, enfatiza.
Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, fez explanação sobre os principais impactos da PEC 6/2019. Ele alertou que a desconstitucionalização da Previdência, que remete o tema à lei complementar, “é um cheque em branco para o governo avançar rumo ao sistema de capitalização e a privatização”.
Mulher – Para Luiz Carlos Prates (Mancha), dirigente da CSP-Conlutas, o que foi exposto pelo Dieese “mostra que o ataque é muito pior do que pensávamos”. Ele propôs transformar as comemorações do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em grandes manifestações pela defesa da aposentadoria.
“Temos que orientar os movimentos populares, que tradicionalmente organizam grandes atos e mobilizações na data, a colocar o tema da reforma da Previdência como carro chefe das manifestações”, ressaltou Mancha.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), defendeu realizar o dia de lutas em 22 de março, com manifestações em todo o País, como forma de avançar na mobilização dos trabalhadores. “A proposta de greve geral tem que ser muito bem articulada. É preciso criar antes uma pauta única. Unificar os discursos”, afirmou.
Ações – Além de reforçar a presença do tema no Dia Internacional da Mulher, pelo menos mais duas datas de atos ficaram definidas. O Dia Nacional de Lutas, em 22 de março, e manifestação em frente à Superintendência do INSS em São Paulo, dia 29, com passeata pelas ruas centrais da Capital.
Dieese – A entidade publicará Nota Técnica ainda na noite de terça. Mais três textos serão lançados na semana que vem, com detalhamento sobre a PEC do governo.
Ainda nesta semana, deve ficar pronto um aplicativo, “Aposentômetro”, que compara como é hoje e como ficará a aposentadoria caso a reforma seja aprovada.
Agenda – Amanhã (28), sindicalistas voltam a se reunir, com assessoria de técnicos e jornalistas, para debater a produção das peças de divulgação.
Fonte: Agência Sindical