Trabalhadores da alimentação se unem em torno do PL que trata dos movimentadores de mercadorias
Representantes sindicais dos trabalhadores da categoria da Alimentação de todo o país participaram, nesta sexta-feira (24), de uma reunião virtual convocada pela CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins) e pela Contac (Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT) para o lançamento da campanha “Aprova Já! 3.361/2012 – Respeito aos Trabalhadores e Trabalhadoras”.
Trabalhadores da Alimentação lançam campanha “Aprova Já! 3.361/2012”
O objetivo é corrigir uma distorção que hoje provoca invasão de categorias e conflitos no movimento sindical brasileiro. A campanha busca mobilização para aprovar o PL (Projeto de Lei) 3.361/2012, que altera a Lei 12.023/2009, norma relacionada à atividade dos Movimentadores de Mercadorias, restringindo sua aplicação aos trabalhadores avulsos. A votação do PL 3.361/2012 já foi adiada diversas vezes na Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados, e a previsão é que ocorra no dia 5 de novembro.
“Devemos seguir acompanhando e pressionando pela aprovação do 3.361/2012, seja por meio dos gabinetes dos deputados que compõem a Comissão, seja por meio de nossas centrais sindicais e partidos políticos, ou mesmo nas bases dos parlamentares”, apontou o vice-presidente da CNTA, Artur Bueno Júnior, durante a reunião. Ele é também secretário nacional do Plano dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), que apoia o projeto de lei.
Durante o encontro virtual, o grupo foi atualizado sobre a articulação realizada pela CNTA no Congresso Nacional. Artur Bueno Júnior aproveitou para relatar aos dirigentes outros aspectos da tramitação, como a emenda apresentada pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), que, segundo ele, descaracteriza a proposta e legitima o descontrole atual. “Estamos fazendo uma gestão sobre o partido e sobre seu gabinete”, explicou o vice-presidente da CNTA.
O avanço dos sindicatos de movimentadores de mercadorias sobre empregados com vínculos empregatícios estabelecidos nas empresas, já representados por entidades sindicais da categoria econômica preponderante, tem causado divisão entre trabalhadores de uma mesma empresa e perdas de direitos. “O problema é a adoção de uma Convenção Coletiva mais frágil”, explicou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo.
Leia também:
Câmara volta a discutir pauta dos movimentadores de mercadoria
