Histórias fortes são vividas, construídas e escritas por pessoas fortes, lutas pelo bem comum são realizadas por pessoas com um grande senso de solidariedade, que respeitam e defendem os direitos de cada um e de todos, até que todos os indivíduos tenham as reais condições de permanecerem vivos, física e mentalmente.
Liberdade é muito mais do que poder falar o que se pensa, desde que sua opinião não seja agressiva contra a honra de um terceiro, não promova a violência, não ataque a democracia e suas necessárias instituições, mesmo quando apresentem falhas. Liberdade é ter as mínimas condições de viver de forma digna, de pensar livremente, de poder realizar seus sonhos e satisfazer suas necessidades.
Liberdade também é muito mais do que estar vivo, condição primeira para um individuo ser livre, mas, queremos simplesmente viver ou queremos viver uma vida boa? Se você não tem água potável, moradia, acesso a serviços de qualidade de educação e saúde, se você corre o risco de entrar para a estatística da violência, se você é perseguido ou discriminado por causa da cor da pele, da sua religião, se você não tem a dignidade de ter um bom emprego, você não vive em liberdade.
Se vivêssemos em uma sociedade minimamente justa, as decepções, as indignações e desumanização das relações sociais com certeza seriam bem menores, o diálogo social justo precederia e evitaria a maioria dos conflitos entre grupos antagónicos, como por exemplo, trabalhadores e patrões.
Se o capitalismo não explorasse de forma selvagem a mão de obra, se a Justiça atuasse de forma rápida e igual para todas as partes envolvidas em algum tipo de crime ou conflito, se todos os trabalhadores ganhassem um bom salário, que permitisse uma vida digna, certamente a luta sindical ganharia outros contornos. Afinal de contas, os Sindicatos surgiram para combater as injustiças praticadas contra a classe operária.
É importante destacarmos o ponto de que enquanto o sistema de organização e funcionamento da sociedade não garanta as condições socioeconômicas para a concretização da liberdade, sempre existirão grupos de pressão social a lutar por mudanças estruturantes de uma sociedade baseada na solidariedade, no bem comum e no respeito aos direitos básicos de cada individuo.
Lutar por melhores salários, emprego e condições de trabalho, por jornadas mais humanas, é essencial para uma sociedade justa. Os Sindicatos têm um papel fundamental na defesa dos direitos trabalhistas, especialmente em face dos abusos e explorações.
Que bom seria se a população não precisasse dos Sindicatos lutando contra tantas arbitrariedades.
Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA e vice-presidente da Força Sindical
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