O Conselho Nacional do Trabalho (CNT) realizou uma reunião na quarta-feira, conduzida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com a participação de representantes das centrais sindicais.
O ministro Marinho ressaltou a importância de uma abordagem coordenada entre o poder público e lideranças sindicais para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, intensificados pelo rápido avanço tecnológico. “São novas formas de trabalho, a chegada dos aplicativos, a inteligência artificial, e as várias temáticas correlatas ao nosso mundo, que vem chegando numa velocidade que a gente não consegue acompanhar, que dirá antecipar”, afirmou Marinho.
Marinho sugeriu a realização de uma conferência nacional em 2025 para discutir amplamente os desafios do trabalho e do emprego, envolvendo representantes de diversos setores e regiões do país.
Entre os aspectos que o ministro destacou como necessários para investigação está a alta rotatividade no mercado de trabalho formal. No ano passado, 22 milhões de trabalhadores trocaram de emprego, e Marinho questionou se esse número é resultado de sazonalidade ou de outros fatores. “Essa rotatividade gera a perda de experiência e conhecimento. Precisamos entender melhor esse fenômeno”, avaliou.
Medidas emergenciais e papel dos sindicatos
A reunião também abordou medidas emergenciais para proteger os trabalhadores no Rio Grande do Sul e ações para preservar empregos na região. Discutiu-se o papel dos sindicatos na garantia dos direitos dos trabalhadores e na mediação de conflitos decorrentes da crise.
Outro ponto de discussão foi o relatório de uma comissão de peritos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o Brasil em 2020.
Sobre o CNT
O Conselho Nacional do Trabalho é um colegiado tripartite e consultivo, parte do Ministério do Trabalho e Emprego. Recriado no início da gestão do presidente Lula, após ter sido extinto em 2019, o CNT tem como objetivos negociar e propor políticas para modernizar as relações de trabalho, estimular a negociação coletiva, promover o diálogo social, e buscar soluções para temas estratégicos relacionados às relações de trabalho. Além disso, propõe diretrizes para planos e programas públicos em matéria trabalhista e analisa normas complementares sobre condições e relações de trabalho.