PUBLICADO EM 14 de jun de 2024
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Metalúrgicos levam pauta da categoria ao governo federal

Perícias médicas, saúde do trabalhador e outros assuntos fizeram parte da pauta levada ao ministro da Previdência. Houve também articulação pelas frentes do aço e da redução da jornada de trabalho em Brasília

Metalúrgicos levam pauta da categoria ao governo federal

Metalúrgicos se reuniram com ministro Carlos Lupi

Os metalúrgicos da CUT se reuniram na última terça-feira (11), em Brasília, com o ministro da Previdência Social do Governo Federal, Carlos Lupi.

No encontro com Lupi, conversaram sobre as dificuldades que a categoria enfrenta em relação às perícias médicas, além de tratar sobre outros temas que envolvem a pasta de Previdência Social.

Foi levado ao ministro o caso da empresa Tupy, multinacional que desenvolve e produz componentes estruturais em ferro fundido, que possui uma planta com cerca de 9 mil trabalhadores em Joinville (SC), e tem como um dos seus maiores acionistas o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Os representantes dos trabalhadores na Tupy mostraram ao ministro a preocupação com o ambiente insalubre de trabalho no setor de fundição, que acaba elevando o número de acidente e doenças de trabalho, com jornadas de trabalho inadequadas a quem está no chão de fábrica.

“É preciso que quem tenha poder de decisão na Tupy possa levar à direção da empresa que adote medidas para garantir um ambiente mais seguro e também condições de trabalho melhores para os trabalhadores e trabalhadoras na fundição”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, Rodolfo de Ramos, metalúrgico na multinacional.

Para o secretário dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da CUT Nacional, Ari Aloraldo Nascimento, que esteve presente no encontro com o ministro da Previdência, a conversa com Carlos Lupi representa um início de processo de negociação.

“Ficou acordado que será criada uma mesa específica para tratar da Tupy, em Joinville, e fazer uma rodada de conversa com algumas pessoas que podem nos ajudar a resolver o problema dos companheiros e companheiras”.

Perícias médicas

Em relação às perícias médicas, os sindicalistas trataram de alguns problemas enfrentados na categoria como empresas que não querem fazer a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), junto ao ministério da Previdência, e, na sequência, enviam o trabalhador com 20 dias de atestado para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), deixando o trabalhador em um limbo de dois meses até fazer a perícia médica ao Instituto e ele fica sem receber salário da empresa e do INSS.

“Pontuamos alguns problemas que existem na nossa categoria para ver se a gente consegue pelo menos minimizar o impacto aos trabalhadores, que adoecem na fábrica e quando precisarem desse benefício muitos tem dificuldade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, Adriano Souza Filippetto.

O ministro da Previdência Social disse que a pasta está implantando um novo sistema que vai reduzir o tempo de perícia e reduzir o tempo até o ganho de benefício, já que os problemas relatados pelos metalúrgicos ocorrem em outras categorias.

Aço e redução da jornada de trabalho

Além da Previdência Social, os sindicalistas debateram em Brasília a pauta dos bens de capital com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e intensificaram as conversas para outras pautas já encaminhadas em Brasília, como a busca de assinaturas para a criação da Frente Parlamentar da Indústria e Trabalho do Aço, e para a Frente Parlamentar Pela Redução da Jornada de Trabalho.

“Foram agendas importantes, onde articulamos a pauta da categoria que já estava em andamento e outras novas”, resumiu o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira.

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