Em reunião, realizada nesta terça-feira (9), a Comissão Bipartite nomeada pelo decreto do governador do Estado do RS, que reúne representações de trabalhadores e empresários, as entidades patronais apresentaram uma proposta de reajuste para o Salário Mínimo Regional de apenas 2,21%.
A proposta apresentada foi considerada inaceitável pelas centrais sindicais.
De acordo com o presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor, após quatro rodadas de negociação, a proposta apresentada pelas entidades patronais é descabida e inaceitável.
O sindicalista ressalta que o mínimo regional vem sofrendo grande perda do poder de compra.
“De 2019 a 2023 o reajuste do mínimo gaúcho foi de apenas 29,2% enquanto a cesta básica teve um reajuste de 51,4%”, disse o líder sindical.
Claudio Correa, diretor da Força Sindical RS afirmou que as centrais seguirão firmes na luta por um aumento justo e digno para piso regional do Estado.
“Vamos manter nossa luta pela valorização do trabalhador, que merece uma vida digna”.
O sindicalistas ressalta que o mínimo regional valorizado é essencial para estimular o crescimento da economia gaúcha, pois o aumento da renda dos trabalhadores impacta diretamente no consumo local e na geração de empregos.
“Essa política de desvalorização tem gerado fome e miséria para milhares de famílias”, alerta Cláudio.
O próximo encontro do Comitê será em 23 de abril, com o objetivo de aproximar e conciliar os índices requeridos pelos dois lados.
As centrais sindicais defendem que o aumento do piso regional deve ser de 8,45%.
O relatório final das negociações realizadas pelo comitê deve ser apresentado pela secretaria ao governador Eduardo Leite até 30 de abril. A partir daí, o Executivo formulará o projeto de lei a ser encaminhado para a Assembleia Legislativa.
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