Os trabalhadores de postos de combustíveis e de lojas de conveniência do município do Rio de Janeiro retomam as negociações das cláusulas econômicas da convenção coletiva nesta quarta-feira(10).
Eusébio Pinto Neto, presidente do SINPOSPETRO-RJ e coordenador da comissão de negociação, disse que irá lutar por um aumento real, uma vez que, com a valorização do salário mínimo, o piso da categoria ficou abaixo do piso nacional.
Apesar do sindicato ter conquistado aumento real para a categoria nos últimos dez anos, o aumento da inflação entre 2020 e 2022, combinado com a alta dos juros, acabaram achatando os salários dos trabalhadores.
Ao mesmo tempo em que os salários da categoria ficaram defasados, as vendas de combustíveis, como gasolina e diesel, aumentaram.
Os dados constam na pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE) feita para o SINPOSPETRO-RJ.
No último encontro, em 26 de março, a comissão de negociação do sindicato rejeitou, mais uma vez, a proposta patronal de reajuste salarial de 4,65% em todas as cláusulas econômicas, inclusive no ticket alimentação.
O SINPOSPETRO-RJ reivindica aumento salarial de 11%, aumento de 25% no ticket alimentação e igualdade salarial entre os funcionários de pista, loja de conveniência e escritório.
Além do aumento nos salários, a diretoria reivindica um abono salarial de um piso da categoria, que será pago em três parcelas.
Nos últimos 10 anos, o piso dos trabalhadores de postos de combustíveis no município cresceu 80,5%, enquanto o ticket alimentação apresentou alta de 254,9%.
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