Em 1966, a ONU estabeleceu o dia 21 de março como o Dia Internacional contra a Discriminação Racial.
Luta contra a Discriminação Racial
A data faz referência ao Massacre de Sharpeville, ocorrido na África do Sul em 21 de março de 1960.
Liderados pelo Congresso Pan-Africano (PAC), 20 mil pessoas ocuparam as ruas para protestar contra A Lei do Passe, que proibia o acesso de pessoas negras a diversos lugares.
Apesar de pacífica, a manifestação foi alvo de rajadas de metralhadoras disparadas pela polícia. No total, 69 manifestantes morreram e 180 ficaram feridos.
O desastre gerou repercussão pública mundial e foi responsável por evidenciar o absurdo do apartheid e do racismo.
O apartheid (do africâner, “separação”) foi um regime de segregação racial vigente na África do Sul de 1948 a 1994 que privilegiava a minoria branca que então governava o país e restringia a liberdade da maioria da população, constituída sobretudo por negros.
Instaurado pelo Partido Nacional (PN), o apartheid dividia a população em quatro grupos étnicos: brancos, negros, mestiços e indianos. 87% do território era reservado aos brancos.
O apartheid representou a institucionalização e a constitucionalização do racismo. Foi retirada a cidadania dos negros.
A eles, era vetado entrar em diversos ambientes e estabelecimentos. Relacionamentos e casamentos inter-raciais foram proibidos.
Os sistemas de saúde e ensino destinados aos negros sofriam de severa precarização.
Além disso, a população negra era obrigada a portar uma carteira de identidade que informava os lugares em que era permitido ir.
Nos anos 1980, houve uma crescente de protestos e, em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk promoveu negociações para aniquilar o apartheid.
Em 1994, Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano, venceu as eleições e foi eleito presidente.
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