Mais uma vez alguns veículos de comunicação de forma polêmica e parcial, trazem à tona o debate sobre o imposto sindical obrigatório, extinto desde 2017, numa tentativa de colocar os trabalhadores contra os sindicatos.
É importante esclarecer que o verdadeiro debate do Movimento Sindical não gira em torno de uma contribuição imposta, mas sim de uma ferramenta de negociação na qual os trabalhadores têm poder de decisão perante a Assembleia, onde a decisão é tomada democraticamente, em consonância com os princípios de liberdade individual e representatividade.
Manter as entidades sindicais fortalecidas é crucial para assegurar que os trabalhadores tenham uma voz ativa e eficaz na defesa de seus interesses. As organizações sindicais desempenham um papel fundamental em assegurar condições de trabalho justas, salários dignos e a proteção dos direitos trabalhistas.
Quando sindicatos são financeiramente sustentáveis, eles têm a capacidade de oferecer suporte jurídico, negociar acordos coletivos e monitorar o cumprimento das leis trabalhistas, a exemplo do que o Sindec-POA vem desempenhando ao longo de nove décadas de atuação.
A existência de sindicatos fortes também é vital para equilibrar as negociações entre empregadores e trabalhadores. Sem a representação sindical robusta, os trabalhadores podem ficar em desvantagem durante as negociações, resultando em acordos que não atendem aos seus interesses.
Deturpar a real intenção de manter as entidades sindicais fortalecidas, e isso quer queiram ou não, inclui o debate financeiro; é apagar a importância do Movimento Sindical. É como se as conquistas trabalhistas históricas tivessem sido dadas de presente pelos empregadores aos seus funcionários, quando na verdade, é resultado de muita luta e trabalho.
Precisamos manter os sindicatos fortalecidos para garantir os direitos conquistados e seguirmos na luta por mais avanços.
Quem une, conquista!
Nilton Neco, Presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre-RS (Sindec-POA)