PUBLICADO EM 18 de ago de 2023
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Trabalhadores rejeitam proposta de empresas no GT dos Aplicativo

Associação de empresas de aplicativos apresenta proposta, em GT dos Aplicativos, de remuneração mínima, e gera discordância com trabalhadores

Trabalhadores rejeitam proposta

Trabalhadores rejeitam proposta que, de acordo com lideranças dos trabalhadores, ficou muito abaixo do esperado pela categoria

Uma das associações representantes das empresas do setor de aplicativos apresentou, no GT dos Aplicativos, na segunda-feira (14), uma proposta de remuneração mínima para os trabalhadores.

A proposta, apresentada em mais uma reunião do Grupo de Trabalho dos Aplicativos, ficou muito abaixo do esperado pelos representantes da categoria.

A Amobitec propôs uma remuneração mínima de R$ 10,20 por hora, contando apenas o tempo que os trabalhadores estão em corridas, e não o tempo que ficam à disposição.

Trabalhadores rejeitam proposta

De acordo com Nicolas Souza, da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos, que representou a CSB ao lado de Antonio Neto no encontro, os trabalhadores apresentaram um estudo feito em parceria com o Dieese com todos os custos com os quais eles arcam para exercer o ofício.

Entre os custos estão: combustível, manutenção do veículo e de equipamentos. “A partir daí, foi feito um cálculo de remuneração mínima, mas esses pontos não foram levados em consideração na proposta feita pelas empresas”, explica Nicolas.

“Nós enviamos de volta a lista de custos que fizemos, e eles vão ter que dizer por que não inseriram alguns itens que são tão essenciais. Ok, estamos abertos à argumentação, mas eles precisam argumentar. Eles simplesmente não levaram em consideração e pronto”, contou Nicolas.

Trabalho em aplicativos seja regulamentado

O secretário nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, disse que o governo criou o grupo de trabalho em busca de um consenso entre as partes

Porém Carvalho alerta que “a determinação do presidente Lula é que o trabalho em aplicativos seja regulamentado mesmo que não se chegue a um acordo.”

Ele diz que, havendo um acordo, maravilha, porém caso não tenha acordo, o governo vai tomar providências para que haja de fato regras mínimas.

“O presidente Lula quer que os direitos dos trabalhadores sejam assegurados e que haja naturalmente condições para que as empresas possam continuar servindo no Brasil”, afirmou.

Responsável pela condução dos debates, o secretário deu um prazo de 15 dias para que trabalhadores e empresas cheguem a um possível consenso.

Neste período, haverá uma intensa discussão entre trabalhadores e empresas rumo ao acordo em relação aos ganhos mínimos e sobre as tabelas de custos referentes à operação.

De acordo com Carvalho, a pacificação deste debate vai destravar outros temas que precisam ser resolvidos na relação entre empresas e trabalhadores.

Ele explica que todo trabalhador vai precisar contribuir para a previdência. “Hoje o trabalhador não tem nenhuma assistência.”

Os custos que ele tem quando se acidenta, explica Carvalho, ficam por conta apenas do Estado e as empresas vão ter que participar.

“Nós queremos também acertar o que nós chamamos de transparência algorítmica, ou seja, o trabalhador tem o direito de saber os motivos que ele ganha x ou y, além das condições mínimas de segurança”, explicou.

com informações da CSB

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