PUBLICADO EM 19 de out de 2017
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Comunicação sindical é a arma dos trabalhadores para manter direitos

Para o secretário de comunicação da FENEPOSPETRO, Antônio Vieira Martins, a luta do movimento sindical só vai avançar quando as entidades de classe despertarem para a importância da comunicação no trabalho de conscientização das categorias.

A informação no movimento sindical agora mais do que nunca – com a entrada em vigor da Reforma Trabalhista – se torna essencial para esclarecer e aproximar o trabalhador da sua entidade de classe. A afirmação é do secretário de comunicação da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO) e também presidente do sindicato da categoria em Cascavel (PR), Antônio Vieira Martins. Ele defende a unificação da comunicação sindical para fortalecer a luta por direitos e avançar nas conquistas. Antônio Martins diz que os sindicatos têm hoje as redes sociais como forte aliada para propagar a informação e levar o conhecimento ao trabalhador.

O secretário de comunicação frisa que é importante que os sindicatos repliquem a informação para que um número maior de trabalhadores seja atingido. Antônio Martins afirma que até as entidades mais tradicionais, que investem no boletim impresso, devem aproveitar melhor este espaço para replicar as notícias que vão ajudar os trabalhadores. “As informações mais complexas podem ser esmiuçadas e utilizadas no dia a dia do trabalho de base”, completa.

Não podemos esperar e nem ter a ilusão que a grande mídia vai divulgar as ações dos sindicatos. O capital financia os meios de comunicação e não vai permitir que a classe operária tenha voz e opinião. Infelizmente, hoje no Brasil, fora das mídias alternativas, o trabalhador não tem vez, ele só é notícia na grande imprensa se for tragédia. Para furar essa barreira precisamos investir na unificação da comunicação sindical.

Antônio Martins diz que a comunicação é a arma de defesa e resistência dos trabalhadores contra o capital. O secretário afirma que a troca de informação entre os sindicatos da categoria faz com que todos ganhem.

BASE
Os debates nos fóruns sindicais mostram que, neste momento, o trabalho de base é fundamental para fortalecer as entidades de classe e trazer de volta o trabalhador para a sua casa. Segundo Antônio Martins, só através da conversa diária com o trabalhador, é que o sindicato vai conseguir virar o jogo imposto pelo governo para desmantelar e enfraquecer a luta do movimento sindical. Ele destaca a importância das plenárias realizadas pelas Centrais Sindicais, Confederações e Federações para qualificar os dirigentes sindicais e prepará-los para a luta. Antônio Martins diz que ainda há muitas dúvidas com relação a aplicação da Reforma Trabalhista não só dos trabalhadores, mas também dos dirigentes sindicais. “O sindicato que quiser se manter ativo terá que ir à base para explicar ao trabalhador os males da Lei 13.467 e a importância da participação nas discussões da luta de classes”, completa.

LUTA
O secretário de comunicação da Federação diz que as entidades de classe se afastaram das bases nos últimos 10 anos por causa da estabilidade econômica e da melhoria nas condições sociais do país. Antônio Martins acrescenta que com a melhoria de vida do povo brasileiro e com o mercado de trabalho aquecido, naquele momento, o movimento sindical se acomodou e deixou de ser combativo. Ele cita que o movimento sindical foi pego de surpresa com a aprovação da Reforma Trabalhista, logo após a mudança de governo.

Segundo ele, o governo tirou os direitos dos trabalhadores em uma tacada só e agora o movimento sindical precisa fazer essa mea-culpa e despertar para a luta. Antônio Martins acredita que o impacto da Reforma Trabalhista deu uma boa sacudida nos dirigentes, que agora buscam caminhos para se reaproximar dos trabalhadores. Ele lembra que na época da ditadura militar os sindicatos foram às ruas e desempenharam um papel principal na retomada da democracia no país. Esse é o momento de ressurgimento, e com todo combustível na alma defendermos os direitos dos trabalhadores.

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