Em encontro realizado em Florianopólis (SC), nesta sexta-feira (24), dirigentes da Força Sul, que reúne os Sindicato filiados e as estaduais da Força Sindical do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul debateram a luta pelo fortalecimento do movimento sindical e da representação dos trabalhadores. Entre os temas debatidos estiveram a negociação coletiva, a revogação de alguns pontos da reforma trabalhista, a luta contra as práticas antisindicais, a liberdade da atuação dos Sindicatos, assim como a elaboração de propostas para o custeio dos Sindicatos.
“Nosso principal objetivo com esse encontro foi debater a formulação de propostas a serem apresentadas para a direção nacional da Central para o fortalecimento do movimento sindical. Precisamos lutar para revogar pontos da reforma trabalhista que dificultam a representação dos trabalhadores. É preciso que as homologações voltem a ser feitas obrigatoriamente nos Sindicatos, que o Sindicato não tenha a liberdade de se aproximar do trabalhador dificultada, que os trabalhadores tenha o direito de se associar. Enfim, temos enormes desafios a serem enfrentados pelo movimento sindical com vistas a poder exercer melhor a representação pela melhoria de vida do trabalhador”, resume o presidente da Força Sul e da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka.
Para anfitrião do encontro, Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical de Santa Catarina, “o mais importante é estarmos fazendo uma discussão em prol dos trabalhadores e do fortalecimento da representação sindical”.
Para o presidente da Força Sindical do Rio Grande do Sul, Cláudio Janta, “o movimento sindical tem um grande desafio pela frente diante de um Congresso Nacional de maioria hostil aos trabalhadores. Por isso, a necessidade de pressionar o governo para ajudar na articulação pelo fortalecimento da organização sindical”.
O advogado Cesar Augusto de Mello, assessor da Força Sindical, que tem participado do debate com os demais assessores das demais centrais sindicais, afirmou que “as mudanças que propomos devem levar em conta a correlação de forças no Congresso Nacional. O movimento sindical não propõe mudanças constitucionais. O que se quer é rever posições do antigo governo que prejudicaram os sindicatos e, com isso os próprios trabalhadores que se enfraqueceram nas negociações coletivas.”
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, enfatizou a série de debates que a Força Sindical tem promovido juntos aos filiados visando a formulação de propostas possíveis para o fortalecimento da organização sindical. “Precisamos levar em conta a realidade atual do Brasil, do Congresso Nacional, da unidade ou não das Centrais Sindicais em relação as propostas visando a organização e custeio sindical. É um desafio grande, mas que tem que ser enfrentado pelo movimento sindical se quisermos ter uma representação forte e atuante na defesa dos direitos dos trabalhadores”, enfatizou Juruna.