A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação (CNTA) se reuniu, dia 13, com coordenadores do Projeto Nacional de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina. O encontro aconteceu na sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 12ª Reunião, em Florianópolis.
Os procuradores, Sandro Eduardo Sard, Lincoln Roberto Cordeiro e Leomar Daroncho discutiram com dirigentes sindicais condições de trabalho no setor e ações de atuação para o cenário futuro. “Nos últimos anos trabalhamos duro para barrar investidas contra os direitos da categoria, em especial contra os ataques à NR 36”, conta Artur Bueno Júnior, vice-presidente da CNTA-Afins.
O dirigente se refere às articulações do governo Bolsonaro para alterar a Norma Regulamentadora 36, que garante medidas de segurança e saúde para os trabalhadores, como as pausas de descompressão, distanciamento mínimo e equipamentos de proteção adequados.
“Fizemos uma ampla campanha, em duas etapas, chamadas ‘A Carne Mais Barata do Frigorífico é a do Trabalhador’ e ‘NR 36 – Só Se Mexe Pra Melhor’ que tiveram grande impacto, inclusive internacional. As inciativas contaram com o envolvimento da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação – UITA”, ele afirma.
Ações – A CNTA também integrou Audiências Públicas sobre o tema; promoveu atos a fim de chamar a atenção da população ao tema; e participou da edição do livro ‘As Pandemias dos Frigoríficos’, que visa fazer chegar à sociedade a discussão do tema. “Muito foi feito, mas a reunião com o MPT em Florianópolis mostrou que ainda é preciso muita luta!”, completa Artur Junior.
Encaminhamentos – Entre as principais resoluções, estão bloquear quaisquer iniciativas de revisão da norma, garantia do acesso dos sindicatos aos locais de trabalho e a documentos relevantes sobre as condições de trabalho nas fábricas, adoção de medidas especiais de saúde e segurança para o trabalho de mulheres e gestantes.
Agenda – No inicio de 2023, as entidades devem se reunir com o novo Ministro do Trabalho e com Chefe de Inspeção do Trabalho para tratar do tema.
Fonte: Agência Sindical