Foi a primeira vez que um evento do 1° de maio reuniu todas as principais organizações sindicais do país: a CUT, a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Intersindical, a CTB e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), leu uma mensagem enviada por Lula as cerca de 40 mil pessoas que estiveram nesta terça-feira (1º) na capital paranaense, segundo os organizadores. Gleisi relatou que Lula está bem, física e emocionalmente, e “melhor ainda politicamente. E não está preocupado com a sua atual situação, mas sim com o povo brasileiro e com os rumos deste país.” (Leia a íntegra da carta)
O ato destacou também a importância de renovação do Congresso Nacional durante as próximas eleições. Além de “Lula Livre”, que deu o tom geral das manifestações, as lideranças sindicais e políticas ressaltaram que quem votou a favor de medidas como a reforma trabalhista e a Emenda Constitucional 95, que congela investimentos sociais por 20 anos, não merecerá os votos da classe trabalhadora nas próximas eleições em outubro.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que foi Lula que forjou a unidade ocorrida neste Dia do Trabalhador de resistência em Curitiba. “1º de maio não é feriado, é dia de resistência, de luta e enfrentamento contra a burguesia e o capitalismo. É isso que estamos fazendo aqui.” Ele destacou também que a palavra de ordem “Lula Livre” já é internacional. “O mundo sabe, mesmo com a mídia brasileira mentindo, que o Lula é um preso político. E é (preso político) porque ele defende os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras.”
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ressaltou que a unidade dos trabalhadores foi “fundamental” para impedir que Temer levasse adiante seu projeto de reforma da Previdência, e lembrou que nas próximas eleições, além de Lula candidato, é importante garantir a eleição de deputados e senadores comprometidos com os direitos da classe trabalhadora.
“Eles colocaram o pé no freio, querem acabar com as conquistas econômicas e políticas. Estão vilipendiando a Constituição Federal”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo. “Vamos mudar o jogo lutando incansavelmente pela candidatura do ex-presidente Lula.”
O secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, lembrou que a CLT completaria 71 anos, mas que os direitos ali estabelecidos foram rasgados pelo golpe de Temer e a aprovação a toque de caixa da reforma Trabalhista.
“Precisamos restabelecer a democracia para mudar o rumo do país. Precisamos inverter a agenda e estabelecer uma política de geração de empregos e retomada da democracia”, disse, ao puxar o coro Lula Livre para encerrar sua fala e ressaltar que esse 1º de Maio é um levante da classe trabalhadora pela liberdade de Lula.
O presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, disse que hoje é um dia de alegria e tristeza. “Alegria por essa linda demonstração de resistência, mas tristes porque Lula não está aqui, onde deveria estar. Mas temos a certeza de que quando Lula for solto, no dia seguinte vira presidente”.
O vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Antônio Carlos dos Reis (Salim), disse que neste ano os trabalhadores não têm o que comemorar com 13 milhões de desempregados e com o fim dos direitos trabalhistas. “Estamos aqui pela unidade da classe trabalhadora e pela liberdade de Lula, presidente que mais fez pelos trabalhadores e que gerou mais empregos com carteira assinada no país“.
Antes dos discursos das lideranças sindicais e políticas, os trabalhadores puderam acompanhar shows da sambista Beth Carvalho e do rapper Renegado. A atriz Lucélia Santos bradou “Lula Livre, Marielle Presente”. A festa de resistência se encerrou com a música de Aña Canas.
com informações da Rede Brasil Atual e do Portal CUT