PUBLICADO EM 16 de out de 2017
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1977: o ano que não terminou para os corinthianos

Por Ricardo Flaitt

Corinthians quebrou um tabu de 23 anos sem a conquista do campeonato paulista, há 40 anos, frente à Ponte Preta

O tempo pode ser a passagem visto na passagem pelo corpo, na matéria, porque na memória, a sucessão dos fatos permanecem intactos, atemporais e vivos.

Título paulista de 77 é considerado por muitos alvinegros como o mais importante da história

Em alguns casos, o tempo parece que nem passou. Assim estão impregnados nas memórias dos corinthianos o dia 13 de outubro de 1977, quando o Corinthians, frente à Ponte Preta, pelo campeonato paulista, há 40 anos, quebrou um tabu de 23 anos sem a conquista do estadual, principal torneio até então.

O gol de Basílio, que relutou em entrar, síntese de um sentimento, de um grito de gol entalado na garganta, ainda ressoa nos corações e mentes da nação corinthiana.

Depois de 77, o Corinthians conquistou 6 Brasileirões, 1 Copa Libertadores, 2 Mundiais, ainda assim, o título de paulista de 77 é considerado por muitos alvinegros como o mais importantes e enigmático da história.

A simbologia de 77 extrapola o tempo, a ponto de os corinthianos que não existiam ou estavam nascendo naquele período consideram a data como uma fundação.

A história do clube de coração se confunde com a história das vidas das pessoas. Essa é representação para Vitor Guedes, jornalista esportivo, do Agora São Paulo, Seleção Sportv, nascido em 1977, onde faz questão de contar os dias, pois estava no mundo há 8 meses e 17 dias no histórico 13 de outubro,

Os poucos meses de vida de Guedes foram suficientes para determinar que “o título de 77 é disparado o mais importante da história do Corinthians, sendo um marco divisório entre antes e depois desta conquista. É a síntese do que é ser corinthiano, a bola que não entraria, mas entrou; torcedores invadindo o campo, percorrendo o gramado de joelhos, as bandeiras, em uma grande festa do povo”.

Como o tempo se perpetua nos homens, Vitor Guedes atribui seu time de coração à ligação do pai, movimento que se desdobrou de geração em geração e que ganha novos capítulos na história do Corinthians, e da vida, já que seu filho leva o nome de Basílio, autor do gol da final, prolongando os 90 minutos e mais uma vida inteira pela frente.

Em meio ao depoimento de Vitor ao Rádio Peão Brasil, Basílio, o filho, descreve, como se em uma narrativa mitológica, transmitida na oralidade às novas gerações, remontando os lances do gol que muito além de um título e a quebra de 23 anos de jejum, unificou e definiu o que é ser corinthiano.

Definitivamente, o ano de 1977 nunca terminou para os corações e mentes corinthianos.

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