Os episódios lamentáveis foram mais graves ainda quando Ciro Gomes e membros do PDT foram ameaçados e vítimas de violência física na saída do palco.
Os dirigentes da Central dizem no documento divulgado à imprensa que tais fatos são inaceitáveis e merecem ser repudiados por todos que estão pelo Fora Bolsonaro. “Mesmo com todas as diferenças políticas existentes em relação à saída para o país defendida pelas diversas organizações que constroem essa luta”, completam.
Veja a íntegra da nota:
CSP-Conlutas sobre os episódios na Paulista que envolveram violência física e hostilidades a PDT e outros
As manifestações que ocorreram em todo país neste último sábado (2) demonstraram a crescente indignação contra o governo Bolsonaro, a carestia, o descontrole da inflação, a destruição dos serviços públicos com a PEC 32, as privatizações e as ameaças golpistas desse genocida. Essas mobilizações também têm demonstrado a necessidade de fortalecer a unidade de ação entre todos os que estão neste momento pelo Fora Bolsonaro.
No entanto, ocorreram fatos na manifestação de São Paulo que precisam ser denunciados e condenados, pois são inadmissíveis em um movimento unitário. No palanque principal, um pequeno grupo instalou uma claque, mas para vaiar e tentar impedir as falas que não lhes agradavam; faziam isso usando bumbos e intimidações. Ciro Gomes e membros do PDT foram ameaçados e vítimas de violência física na saída do palco. Tais fatos são inaceitáveis e merecem ser repudiados por todos que estão pelo Fora Bolsonaro, mesmo com todas as diferenças políticas existentes em relação à saída para o país defendida pelas diversas organizações que constroem essa luta.
A CSP-Conlutas se soma a todos que manifestaram seu repúdio a tais atitudes antidemocráticas e acredita que as diferenças políticas não podem ser resolvidas com base na intimidação e violência física. Portanto, exige providências por parte da organização da campanha.
Reafirmamos a importância da unidade de ação bem como defendemos que os trabalhadores devem manter a sua independência, levantar suas bandeiras e preparar uma greve geral para através da ação direta construir uma saída classista para o país.
São Paulo, 3 de outubro de 2021
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