Crescimento ficou um pouco abaixo da estimativa de 2,5%, feita em julho – Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil
De acordo com a Abras, o resultado acumulado de 2018 ficou um pouco abaixo da estimativa de 3% feita no começo do ano passado e revista para 2,53% em julho.
O presidente da Abras, João Sanzovo Neto, disse que o ano de 2018 não teve fôlego para crescimentos mais expressivos, conforme esperava o setor. “Começamos bem, mas fomos surpreendidos com a paralisação dos caminhoneiros no final de maio, impactando no preço dos combustíveis e dos alimentos por causa do desabastecimento. Sem esses fatores, provavelmente, teríamos alcançado melhores resultados.”
Sanzovo destacou ainda a desconfiança dos consumidores após a crise, o que levou as pessoas a ponderar seus gastos. “Também houve a influência das incertezas do cenário político, causadas pelo ano de eleições. Mesmo assim, crescer 2,00% nesse cenário é muito positivo, e foi nosso melhor resultado desde 2015”, disse.
Ele destacou as expectativas para este ano estão melhores, principalmente após a definição do novo governo. “Estamos otimistas e esperançosos de que 2019 será melhor que o ano de 2018. As projeções do mercado financeiro estão positivas, com juros e inflação controlados. A confiança dos empresários segue em alta, como vimos na nossa última pesquisa e, diante desse cenário, projetamos um crescimento em torno de 30% nas vendas deste ano”, ressaltou.
Abrasmercado
O custo da cesta de produtos Abrasmercado, com 35 itenos de largo uso, subiu 0,92% em dezembro, passando de R$ 461,48 para R$ 465,71. No acumulado do ano, de janeiro a dezembro, o custo da cesta aumentou 3,72%.
Os produtos cujo preço mais caiu foram farinha de mandioca (-7,18%), massa sêmola espaguete (-5,93%), desinfetante (-4,42%) e xampu (-4,20%). Os que mais subiram foram cebola (24,41%), batata (14,30%), feijão (8,54%) e carne traseiro (3,55%).
A Região Centro-Oeste apresentou a maior alta nos preços, 2,31%, com a cesta chegando a R$ 442,25 ante R$ 432,25, registrados em novembro. O resultado foi impulsionado, principalmente, por Campo Grande. A única queda no valor da cesta Abrasmercado foi registrada na Região Norte ( 0,95%).
Fonte: Agência Brasil