PUBLICADO EM 12 de fev de 2020
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Vendas de supermercados cresceram 3,62% em 2019

O resultado é real, já descontada a inflação do período, e ficou um pouco acima da expectativa de crescimento de 3%

O setor de supermercados registrou crescimento de 3,62% nas vendas em 2019, de acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O resultado é real, já descontada a inflação do período. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12).

Em comparação com dezembro de 2018, houve 2,3% de crescimento. Já em relação ao mês de novembro, a alta foi de 16,36%.

O desempenho do acumulado de 2019 ficou acima da expectativa de crescimento real de 3% ante 2018, mantida pela associação durante todo o ano passado. Para 2020, a expectativa é crescimento de 3,9% nas vendas.

Cesta

O preço da cesta registrou alta de 8,11% entre novembro e dezembro, chegando a R$ 522,35. Os produtos com maior alta de preços foram o tomate, com 20,19%, carnes dianteiras (menos nobres) com 16,71%, feijão (16,23%) e carnes traseiras (mais nobres) com 15,56% de alta.

Já as maiores quedas foram nos preços da cebola (8,21%), cerveja (0,96%) e café (0,77%). A maior variação regional foi no Centro Oeste, com alta de 9,54% nos preços, a R$ 504,24. Já o índice de confiança do setor subiu de 56,6 pontos para 63,6 entre outubro e dezembro.

Otimismo
O presidente da Abras, João Sanzovo Neto, afirmou nesta quarta-feira (12) que a entidade está “otimista em relação à economia”. Para ele, o crescimento de vendas de 3,9% projetado pela Abras em 2020, porém, foi impactado negativamente pelo cenário internacional, com a epidemia do novo coronavírus na China.

Leia mais: Apesar de queda em dezembro, vendas do varejo crescem em 2019

“Esse número é conservador. Fui desanimado por uma incerteza que está aí, que é o coronavírus, se não fosse ele falaria em 4% ou mais”, disse ele.

Sanzovo pontuou que a aprovação de uma reforma tributária e a queda do desemprego são possibilidades que favoreceriam o setor.

Para Sanzovo, o crescimento de 3,62% do setor em 2019, acima dos 3% projetados pela entidade, foi influenciado pela agenda de reformas do governo. “Reforma trabalhista e reforma da previdência deram sinais claros de acertos.”

Fonte: R7

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