PUBLICADO EM 29 de out de 2024
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Três anos do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero

Andréia Espíndola fala sobre o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero no Brasil. Saiba mais sobre sua aplicação no sistema judiciário brasileiro.

Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero é proteção para as mulheres. Imagem: Pixabay

Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero é proteção para as mulheres. Imagem: Pixabay

Por Andréia Espíndola

O Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero brasileiro, lançado pelo Conselho Nacional de Justiça em 2021, alcançou no último dia 19 de outubro três anos de existência.

Santa Catarina foi berço em outubro do ano passado de uma obra pioneira e coletiva a respeito desta temática: “Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero: Aplicações, Conceitos e Práticas”, organizado pelas advogadas Ana Paula de Oliveira Antunes, Gabriela Jacinto Barbosa e Júlia Melim Borges Eleutério, publicado pela Editora Habitus. Agora, o referido grupo já prepara um segundo volume desta obra.

Foi em nosso Estado também que, no último mês de julho, foi criada a primeira Comissão do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero do Ibdfam (Instituto Brasileiro de Direito de Família) no Brasil.

Livro: Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero Aplicações, Conceitos e Práticas

Capa do lvro: Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero: Aplicações, Conceitos e Práticas

O Coletivo Valente, formado por servidoras do Poder Judiciário Catarinense, iniciou em fevereiro de 2023 uma campanha permanente de sensibilização em prol da divulgação e da aplicação do Protocolo, realizando visitas a autoridades vinculadas à Defensoria Pública, Ministério Público e Poder Judiciário, pleiteando formações, capacitações, gravando vídeos e ainda escrevendo artigos a respeito desta temática. As referidas ações foram recentemente reconhecidas no 4º Prêmio do CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral.

O Protocolo de Gênero do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é um documento que sinalizou para as mulheres e meninas brasileiras que o Sistema de Justiça precisaria ser repensado para oferecer respostas mais justas e reparadoras para este segmento nos mais diferentes ramos da Justiça.

Num cenário em que o secretário geral da ONU, Antonio Guterres, declarou em março do ano passado, em evento alusivo à defesa dos direitos da mulher: “A igualdade de gênero está se distanciando cada vez mais.

No caminho atual, a ONU Mulheres a coloca a 300 anos de distância”, é alvissareiro termos mulheres catarinenses estudando e implicadas para que o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero seja cada vez mais conhecido e aplicado.

Andréia Espíndola é assistente social do Poder Judiciário de Santa Catarina

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