PUBLICADO EM 22 de out de 2025

Trabalho e meio ambiente: DIEESE lança cartilha para COP30

Saiba mais sobre a COP30 e a cartilha ‘Papo Reto’. Entenda os desafios climáticos e o papel dos trabalhadores nesse contexto.

Confira o mapa da Floresta Amazônica

Confira o mapa da Floresta Amazônica

Em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP30, em Belém (PA), o DIEESE lançou a cartilha Papo Reto: Desenvolvimento Sustentável, Transição Justa e COP30, produzida em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O material apresenta, em linguagem acessível, os principais conceitos e desafios que relacionam mudanças climáticas, trabalho e justiça social, destacando o papel central dos sindicatos na formulação de políticas públicas e na defesa dos direitos dos trabalhadores diante das transformações ecológicas e produtivas.

A cartilha explica o que está em jogo na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), que reunirá cerca de 190 países para discutir metas de redução de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, entre outros assuntos.

Prioridades brasileiras

O documento também ressalta as prioridades brasileiras, como:

  • o fortalecimento das metas de ambição climática (NDCs),
  • a criação de um Fundo para Florestas Tropicais e
  • a valorização da Amazônia como centro da ação climática global.

Clique na imagem e confira a cartilha

Cartilha Papo Reto

Cartilha Papo Reto

Transição justa

Segundo o DIEESE, o atual modelo produtivo baseado em altas emissões de carbono e exploração predatória é insustentável, e a ideia de transição justa é uma formulação que surge como resposta a esse cenário.

O conceito, originado no movimento sindical, propõe que as mudanças rumo a uma economia verde não deixem ninguém para trás, garantindo empregos verdes com direitos, qualificação profissional e inclusão social.

Trabalhadores estão entre os mais afetados

O documento enfatiza que os trabalhadores estão entre os mais afetados pela crise climática — com aumento de doenças ocupacionais, perda de renda e precarização. Por isso, os sindicatos devem ser protagonistas, levando às mesas de negociação cláusulas ambientais e trabalhistas, defendendo financiamentos públicos transparentes e atuando em espaços como o Fórum da Transição Energética, o Conselho Nacional dos ODS e o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Com cerca de 6% dos empregos formais no Brasil classificados como “verdes”, o DIEESE alerta para a necessidade de ampliar oportunidades com trabalho decente, igualdade de gênero e combate ao racismo ambiental. Setores como saneamento básico, agricultura orgânica, energia renovável e reflorestamento são apontados como estratégicos para essa expansão.

Não há transição ecológica sem justiça social

Por fim, a cartilha propõe diretrizes para um projeto de desenvolvimento socioambiental sustentável que contemple redução das desigualdades, na tributação de grandes fortunas e na construção de uma economia circular.

A mensagem central é clara: não há transição ecológica sem justiça social. O futuro do planeta depende da capacidade de conciliar emprego, renda e meio ambiente com democracia e participação popular.

Confira aqui a Íntegra da Cartilha DIEESE COP30

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