Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins), considera que a medida é prejudicial e sua implantação enfrentará resistência.
“O domingo é o dia em que há reunião familiar, onde acontece o lazer compartilhado. Em boa parte das famílias, todos trabalham e só têm esse dia de folga em comum. Isso não pode ser tirado dos trabalhadores”, sublinha Artur, que não vê sentido social ou econômico na medida.
O sindicalista rebate a afirmação, feita pelo secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, de que a Portaria irá gerar empregos. “Essa declaração é uma falácia. Hoje, a maioria das empresas trabalha com cerca de 60% de sua capacidade, o impacto no combate ao desemprego será irrisório. Além disso, o povo está sem poder aquisitivo para consumir”, afirma o dirigente.
“Esse tipo de medida não pode vir sem alguma contrapartida, como a redução de jornada. Em alguns setores, o trabalhador já atua no sistema 6 por 2, com duas folgas a cada seis dias laborais. Essa Portaria não está acima da lei ou dos acordos coletivos e não iremos aceitar que seja imposta a força”, conclui o sindicalista.
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