Mesmo sem autorização do Ministério do Trabalho ou acordo com a entidade sindical, a fabricante de pneus decidiu implantar o período de 30 minutos para alimentação. A prática durou três anos.
No período, o Sindicato dos Borracheiros buscou negociar com a Bridgestone sem a necessidade de abertura de processo na Justiça, mas a empresa não demonstrou interesse em resolver o problema. A entidade entrou com ação na Justiça no fim de 2017.
“A Bridgestone só chamou o Sindicato para conversar em abril deste ano e, desde então, houve diversas negociações até chegarmos ao acordo de hoje”, destaca o presidente dos Borracheiros, Marcio Ferreira.
O processo de meia hora de refeição abrange os horistas, que compõem a maior parte dos funcionários na empresa. Já os trabalhadores mensalistas faziam 45 minutos e terão direito a valores proporcionais.
Os funcionários receberão o dinheiro assim que o acordo for homologado na Justiça. Os trabalhadores que têm processo individual aberto contra a fábrica não entram no acordo.
Prometeon – O Sindicato dos Borracheiros também entrou com processo contra a Prometeon (antiga Pirelli) por causa da meia hora de refeição. A ação ainda corre na Justiça. “No caso da Prometeon, foram cinco anos de meia hora de forma irregular”, explica Marcio Ferreira.
Acordo coletivo – Durante a Campanha salarial 2018, o Sindicato dos Borracheiros entrou em acordo com as empresas pneumáticas e regularizou a prática da meia hora de refeição nas empresas.
Valores do acordo
Funcionários com até dois anos de empresa
Horistas: R$ 2.000,00
Mensalistas: R$ 1.000,00
Entre três e cinco anos de empresa
Horistas: R$ 6.250,00
Mensalistas: R$ 3.125,00
Acima de cinco anos de empresa
Horistas: R$ 9.450,00
Mensalistas: R$ 4.725,00