De acordo com o presidente do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), Ramalho da Construção, a empresa não pagou o 13° salário do ano passado; não registra horas extras e “tarefas” no holerite; não recolhe o FGTS; não fornece o vale-alimentação por meio de cartão magnético; não é regular junto ao Seconci-SP (serviço social de saúde da construção); e ainda não oferece área de vivência adequada aos seus funcionários (refeitório, vestiário, sanitário e cozinha).
Além destas irregularidades, o sindicato reivindica aos trabalhadores a implantação do seguro de vida; o estabelecimento da Participação nos Lucros e Resultados da empresa; o cadastramento sindical; e a relação de empreiteiros no quadro de avisos da obra.
Todas as exigências estão de acordo com a Convenção Coletiva da categoria deste ano, que foi aprovada pelo Sindicato Patronal (Sinduscon-SP) e recomendada pelo Tribunal Regional do Trabalho, 2° Região.
Frieza Patronal
A ânsia em entregar a obra o mais rápido possível, segundo Ramalho da Construção, é um dos motivos pelo qual o patrão muitas vezes ignora os direitos trabalhistas e o bem-estar de seus funcionários.
O empreendimento, que fica situado na Rua Conselheiro Dantas, 350 – Pari e também funciona após o horário comercial, deve ficar pronto ainda neste ano.
“O investimento da obra é grande, cerca de R$ 500 milhões foram direcionados a essa construção. Sabemos que a empresa pode pagar o que deve aos seus funcionários. Por isso, o canteiro de obra só retornará às atividades quando todas as irregularidades forem solucionadas. O nosso sindicato não permitirá que o trabalhador seja lesado”, conclui o presidente Ramalho.