FONTE: Assessoria de imprensa da Força SindicalForça Sindical e ADS realizaram manifestação em frente ao Consulado da Venezuela, em São Paulo. Cônsul recursou-se a receber o documento do movimento sindical venezuelanoA Força Sindical e a ADS (Alternativa Democrática Sindical) realizaram hoje, dia 10, um ato em frente ao Consulado da Venezuela em São Paulo. A manifestação faz parte da Jornada Continental de Solidariedade e Apoio ao Sindicalismo e ao Povo Venezuelano em Defesa dos Direitos e do Trabalho Decente e pela Democracia na Venezuela, promovida pela ADS, que representa 30 milhões de trabalhadores de 26 entidades sindicais. “Trata-se de um ato que começou no dia 6 e vai até amanhã, em todo o nosso continente de solidariedade pela democracia, pela liberdade sindical e pela autonomia dos povos”, afirmou Nilton Neco da Silva, secretário de Relações Internacionais da Força e secretário-geral da ADS. Veja mais fotos no flickr da Força Sindical “Nosso objetivo é defender o debate, as manifestações de rua e, principalmente, o entendimento entre aqueles que têm divergências. Estamos solidários aos trabalhadores e ao povo da Venezuela”, declarou o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, Juruna. “Para nós a solidariedade está em 1º lugar”, explica Juruna. “. Protestamos contra a crise humanitária pela qual a Venezuela atravessa”, disse, deixando claro que o protesto é para defender o direito dos trabalhadores que sofrem com a inflação, o desemprego, a falta de comida, de medicamentos, enfim, produtos básicos . E, o mais grave, o fluxo de imigração de já afeta consideravelmente a maioria dos países da América Latina. Ao ouvir as explicações de Juruna, os trabalhadores das principais categorias da Força, entre elas, metalúrgicos, comerciários, costureiras, químicos, trabalhadores da alimentação, construção civil, edifícios e cargas gritavam: “Democracia aqui, democracia lá”. O tesoureiro da Força, Ademir Lauriberto Ferreira, que também é presidente do Sindicato dos Comerciários de São Carlos, manifestou solidariedade ao povo venezuelano, que está sendo reprimido. “Já tivemos isto no passado, e recebemos a solidariedade de trabalhadores de inúmeros países”, destacou. No final do ato, o cônsul da Venezuela recusou-se a receber o documento escrito pelo movimento sindical da Venezuela. Nilton Neco da Silva fala sobre esta atitude do cônsul. Força Sindical-Consulado da Venezuela se recusou a receber o documento que vocês vieram entregar. Para o movimento sindical o que representa isso? Nilton Neco da Silva – Nós viemos aqui fazer o nosso ato, o ato da ADS(Alternativa Democrática Sindical) com apoio da Força Sindical e todas centrais filiadas à nossa organização continental. Claro que a gente sabia que em muitos países depende muito do cônsul que está aí. Realmente esse cônsul deve ser aquele que está comprometido com tudo aquilo que está acontecendo na Venezuela: massacre d o povo trabalhador, prisões dos trabalhadores e de todas lideranças que se opuseram ou que fizeram alguma manifestação contra a situação política da Venezuela estão presos hoje. Então, demonstra muito bem que são os representantes desse governo. Por isso para nós não é novidade que o cônsul no Brasil não queira receber esse documento. Mas esse documento está na internet, estamos divulgando, já chegou ao conhecimento do governo Maduro. Estamos firmes nesse luta e vamos continuar defendendo a democracia e a liberdade sindical na Venezuela. Força Sindical – O importante para a Força Sindical e a ADS é a solidariedade ao trabalhador e ao povo venezuelano, não é? Neco – Sim. A situação calamitosa pela qual está passando a Venezuela, com a falta de produtos de primeira necessidade. A migração na fronteira com a Venezuela é enorme. Quer dizer: as pessoas estão invadindo porque estão passando por dificuldades e desemprego, inflação alta. É lamentável ver um país tão pujante, produtor de petróleo, um dos participantes da Opep, passar por esta situação de miséria por um governo que não tem ouvidos para ouvir o clamor do povo e dos trabalhadores. Força – A Força e a ADS deixaram claro que a luta é por uma solução imediata ao conflito, não é? Neco – Estamos na luta por isso: solidariedade, liberdades sindical e democrática, diálogo social que queremos que volte a reinar na Venezuela. Que o povo se entenda e que aquele país volte a crescer, desenvolver-se para ajudar nossa América a crescer cada vez mais. Vale lembrar que a Força Sindical sempre faz manifestações em frente aos consulados dos países, onde os direitos dos trabalhadores e da população são ameaçados. Por exemplo, no caso da crise no Paraguai, de Honduras, na Espanha e Europa. Veja o documento que o Consulado não recebeu: Clique aqui