Os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) do município de São Paulo entram em estado de greve devido à falta de aumento salarial.
A decisão foi anunciada pelo Presidente do Sindicato da Saúde (SinSaúdeSP), Jefferson Caproni, após assembleia realizada em 01/10.
Os trabalhadores exigem um reajuste salarial, além da equiparação dos contratos de gestão das Organizações Sociais (OSs), para compensar as perdas acumuladas devido à inflação.
Também estão nas reivindicações:
- Salário unificado específico para categorias CBOs diversas;
- Correção do valor da cesta básica, fixado em 2 salários mínimos do Estado de São Paulo (R$ 3.280,00) para trabalhadores que realizam demandas do nível médio, comum aos agentes comunitários que recebem superior;
- Pagamento do auxílio creche;
- Fornecimento de equipamentos de proteção individual para toda a categoria;
- Implementação de um adicional de perigo para trabalhadores que atuam em regiões consideradas perigosas. Enquanto servidores públicos recebem essa gratificação, mais de 270 mil trabalhadores das OSs sob regime CLT ainda não têm essa equiparação.
Um ponto crítico na pauta é a insalubridade. Os agentes de saúde já recebem um adicional de R$ 550,00, enquanto as demais categorias expostas reivindicam o grau máximo de insalubridade, que corresponde a 40%, em conformidade com o princípio da equiparação.
As categorias que estão se unindo a essa luta incluem:
- Agentes de Combate às Endemias
- Agentes de Promoção Ambiental
- Acompanhantes de Residência Terapêutica
- Acompanhante de Idosos
- Acompanhante de Pessoas com Deficiência
- Agente Redutor de Dano
- Cuidador de Saúde
- Agente Indígena de Saúde
- Agente Indígena de Saneamento
- Acompanhante Comunitário
- Administrativo
- Auxiliares e Técnicos de Enfermagem
- E demais categorias da atenção primária e equipamentos de saúde do município de São Paulo.
“Desde maio, o Sindicato da Saúde tentou, sem sucesso, abrir um canal de negociação com a Prefeitura. Infelizmente, a única alternativa que nos restou foi decretar o estado de greve”, declarou Jefferson Caproni.
O ato público está agendado para a próxima sexta-feira, a partir das 9 horas da manhã, em frente à sede da Prefeitura, localizada no Viaduto do Chá.
A mobilização visa chamar a atenção para as demandas urgentes da categoria e pressionar por uma resposta da administração municipal.
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