Os afiliados da ICM (Internacional de Trabalhadores da Construção  e da Madeira) no Brasil reivindicaram a vitória na segunda-feira, 23 de março, depois de pressionarem com êxito o governo a recuar em uma medida que visa suspender o contrato de trabalho de todos os trabalhadores por até 4 meses sem salários como resposta à pandemia do COVID-19.

Os sindicatos disseram que o Presidente Jair Bolsonaro emitiu um decreto no domingo 22 de março à noite, permitindo a suspensão dos contratos de trabalho por quatro meses sem promessa de compensação e em ausência de consultas com os sindicatos.

O governo, no entanto, revogou a medida no 23 de março após os protestos públicos contra a política, principalmente provenientes de sindicatos.

Foi relatado que as afiliadas da ICM desempenharam um papel importante no protesto contra a referida medida, mobilizando 80 por cento da suas federações e sindicatos.

No entanto, os sindicatos disseram que a luta está longe de terminar. Disseram que, embora a medida de suspensão dos contratos de trabalho tenha sido arquivada, o decreto em si ainda está em pleno vigor. Outras disposições controversas do decreto incluem a proibição de multas pela Inspeção do Trabalho e a liberação de regras de saúde e segurança em áreas que não representam riscos sérios e iminentes.

Os sindicatos enviaram uma carta ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Maia, exigindo a revogação completa e imediata do que eles descreveram como o “decreto de morte” de Bolsonaro.

Fonte: ICM