A reunião, das 14 horas às 18 horas, foi no sindicato dos metroviários, com oito centrais sindicais, três federações, duas confederações e mais de 20 sindicatos.
Rodoviários, metroviários, ferroviários, caminhoneiros autônomos e celetistas, trabalhadores dos setores aéreo, portuário e marítimo, entre outros, participaram da plenária.
Os trabalhadores do segmento decidiram participar dos protestos desta quinta-feira (30), dos professores e estudantes de todo o Brasil, em defesa da educação pública.
A plenária resolveu intensificar a coleta de assinaturas no abaixo assinado contra a reforma da previdência, nas estações do metrô, rodoviárias, atracadouros de balsas e barcas, além de outros pontos.
No dia 10 de junho, uma segunda-feira, quatro dias antes da greve do dia 14, sexta-feira, as centrais, confederações, federações e sindicatos darão entrevista coletiva à imprensa.
Ataques aos direitos do povo
Na semana da greve geral, haverá distribuição de carta aberta nas estações de metrô, trens e terminais de ônibus, além de ‘spots’ em carros de som e rádios.
As centrais CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CSB, CTB, CSP Conlutas, Intersindical e UGT estão envolvidas no movimento, com dezenas de sindicatos.
A plenária debateu também a participação das categorias, em 5 de junho, em Brasília, no lançamento da frente parlamentar mista em defesa dos trabalhadores em transportes.
O presidente da federação dos trabalhadores em transportes rodoviários do estado de São Paulo (Fttresp), Valdir de Souza Pestana, diz que “será a maior reunião dos transportes jamais vista”.
“Vamos parar por necessidade”, pondera o sindicalista. “Não podemos aceitar passivamente os ataques do governo aos direitos do povo brasileiro, como acontece com a nefasta reforma da previdência”.
Em defesa do petróleo
Pestana destaca também os prejuízos ao país com a política de preços dos combustíveis, que está levando os caminhoneiros a se juntarem com os rodoviários urbanos.
“Os combustíveis já subiram mais de 30% nestes primeiros cinco meses do ano”, lembra o dirigente rodoviário. “E isso não prejudica apenas os caminhoneiros, mas toda a economia nacional”.
Pestana reclama que a privatização e a desnacionalização das refinarias da Petrobras, anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Fazenda, Paulo Guedes, “é inaceitável”.
“Para prejudicar os trabalhadores e favorecer os bancos com a capitalização da previdência, o governo não se preocupa com as condições de vida do nosso povo”, desabafa o rodoviário.
“Para entregar nosso petróleo e nossas refinarias à iniciativa privada, principalmente ao capital financeiro internacional, o governo não quer saber o que isso significa para o afundamento do país”, diz ele.
“Sabe quanto vale o pré-sal?”, pergunta o sindicalista. Ele mesmo responde:
“Vale US$ 10 trilhões, mais da metade do PIB norte-americano. E o governo quer entregar a preço de banana”.
Pestana argumenta que o pré-sal, com o dólar a R$ 4, vale R$ 40 trilhões, dez vezes mais que o orçamento anual do Brasil, de R$ 4 trilhões. “Devemos aceitar isso passivamente?”.
Fonte: Sindicato dos Rodoviários