Trabalhadores da TKS aprovaram estado de greve nesta manhã após uma assembleia liderada pelo SIEMACO ABC E REGIÃO. Os prestadores de serviço na Mercedes Benz em São Bernardo do Campo, acusam a empresa de violar a Cláusula 5ª da Convenção Coletiva de Trabalho.
De acordo com os trabalhadores, a empresa que iniciou suas operações na montadora no início de abril, oferecem salários e benefícios abaixo do estipulado e negligenciando a qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
A situação é ainda mais preocupante devido à postura da Mercedes Benz, que tem tratado as reclamações com descaso, mantendo-se omissa frente às irregularidades apontadas pelos trabalhadores.
Muitos dos funcionários da TKS que hoje enfrentam essas condições inadequadas são os mesmos que atuavam na antiga prestadora (Leadec) e serviram à Mercedes Benz por cerca de dez anos sob melhores condições de trabalho.
“Estamos enfrentando uma redução drástica em nossas condições de trabalho. Não é apenas uma questão de salário ou benefícios, mas também de segurança. A empresa e a Mercedes têm nos deixado completamente desamparados,” relataram os trabalhadores.
A falta de reconhecimento do SIEMACO ABC e REGIÃO como representante dos trabalhadores por parte da TKS complica ainda mais as negociações.
Apesar de múltiplas denúncias ao Ministério do Trabalho, não houve avanço nas tratativas, o que levou os trabalhadores a optarem pelo estado de greve como forma de pressionar por mudanças.
“O estado de greve foi aprovado como uma medida extrema, mas necessária. Nossa esperança é que isso force tanto a TKS quanto a Mercedes Benz a reavaliarem suas práticas e a tratarem nossas reivindicações com a seriedade que merecem,” afirma o presidente do sindicato, Roberto Alves.
Com o clima de revolta e determinação, os trabalhadores buscam agora a intervenção do Ministério Público do Trabalho, esperando que a ação traga a mudança necessária e assegure a manutenção de condições de trabalho justas e dignas.
A luta se intensifica em um cenário de desconsideração corporativa, onde a dignidade e a segurança dos trabalhadores estão em jogo.
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