Trabalhadores da Rede Mundial paralisaram suas atividades desde terça-feira (9) por causa dos sucessivos atrasos de salários. A paralisação teve início pela manhã e se estendeu ao longo do dia, com forte adesão dos empregados. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo (Radialistas-SP) e o Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de São Paulo (SEIBREF-SP) estiveram na frente da empresa com faixas e carro de som apoiando o movimento paredista.
Os trabalhadores aprovaram estado de greve em assembleia realizada no dia 21 de outubro, com indicativo de paralisação a partir do próximo atraso de salário. O pagamento deveria ter sido realizado na segunda-feira (8), o que não ocorreu. Segundo relatos, a empresa sempre atrasou os salários, mas nos últimos dois anos esse problema se acentuou, de forma que os pagamentos podem demorar entre 15 e 20 dias para serem realizados.
As queixas contra a Rede Mundial se avolumam em outros pontos. Os empregados reclamam da forma como a empresa realiza os pagamentos, desrespeitando a isonomia entre os funcionários. Não há data certa para a realização do pagamento, nem critérios transparentes, o que leva a crer que pessoas próximas a administração tem prioridade em receber seus ordenados. A arbitrariedade provoca constrangimento e divide os trabalhadores.
Outra reclamação comum é a falta do depósito do fundo de garantia e a falta de pagamento do plano de saúde do funcionários, que acabam descobrindo a irregularidade no momento de maior vulnerabilidade: quando vão utilizar o seguro.
A resposta da empresa é que a instituição mantenedora da emissora, a Igreja Mundial do Poder de Deus, está com dificuldades financeiras. Argumento refutado pelos empregados da emissora. As entidades sindicais continuam apoiando a paralisação e reivindicam com urgência o pagamento dos salários e a regularização dos débitos trabalhistas, para que os trabalhadores possam voltar a executar suas funções com tranquilidade em um momento extremamente difícil que o país está passando.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo