Miguel Torres abriu a assembleia com uma avaliação negativa da reforma trabalhista que, além de só beneficiar os maus patrões que tentam impor prejuízos aos trabalhadores, não gerou empregos de qualidade nem ajudou o País a sair da crise rumo ao crescimento industrial e à retomada do desenvolvimento. Para ele, a greve na Prada é um reflexo deste cenário perverso. “Seja qual for a decisão desta assembleia sobre os rumos da paralisação, o Sindicato estará sempre aqui apoiando as lutas e reivindicações da categoria”.
Motivos da greve – Os trabalhadores da Prada reivindicam melhorias e redução dos valores do convênio médico, pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 2017, negociação da PLR de 2018 e manutenção dos ônibus fretados, que a empresa quer substituir por vale-transporte.
O diretor Carlão, após falar sobre a audiência de conciliação ocorrida na sexta, 4 de maio, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), colocou em votação e os trabalhadores aprovaram voltar ao trabalho e aguardar em estado de greve as negociações entre o Sindicato e a Prada até o dia 23 de maio.
A Prada fica em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, produz embalagens metálicas e emprega em torno de 500 trabalhadores metalúrgicos.