Os trabalhadores (as) da Nestlé de Cordeirópolis-SP rejeitaram, nesta quinta (21), a proposta da empresa para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025.
A direção da Nestlé ofereceu um reajuste salarial de 2,60%, frente a uma inflação de 4,60% acumulado em doze meses (INPC).
O posicionamento dos empregados ocorreu durante assembleias realizadas pelo Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região) na portaria da empresa, e ratificou o posicionamento do Sindicato na mesa de negociação.
“Reajuste salarial abaixo da inflação chega a ser desrespeitoso com os trabalhadores (as)”, apontou o presidente da entidade, Artur Bueno Júnior.
A Nestlé também anunciou a intenção de restringir benefícios importantes e conquistados com muita luta, como o auxílio para compra de medicamentos (que seria limitado aos remédios genéricos) e o auxílio para compra de material escolar (criando um limite para os gastos até R$ 600,00).
“O Sindicato não vai aceitar qualquer tentativa de retirar direitos, nem um reajuste salarial sem aumento real de salário. Queremos discutir aumento real e melhorias nas cláusulas sociais”, declarou o dirigente.
Nestlé
Ainda relativo à proposta apresentada pela Nestlé, o Vale Alimentação/Cesta Básica que hoje está em R$ 580,00, seria reduzido para R$ 495,00, sendo criado um valor extra de R$ 100,00 para aqueles trabalhadores (as) que não tiverem nenhuma falta injustificada no mês.
Diante da recusa dos empregados (as), uma nova reunião de negociação acontece no próximo dia 25.
Além da diretoria do Stial, participaram da assembleia desta quinta os companheiros Élio Costa, coordenador da Negociação Estadual do Grupo Nestlé, e Orivaldo “Formigão”, ambos do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Araras.
Costa destacou a importância da unidade dos sindicatos que representam os trabalhadores (as) do grupo Nestlé no Estado de São Paulo.
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