Nesta terça-feira (26), foi realizada assembleia na JOHNSON/KENVUE, em São José dos Campos. Trabalhadores das duas fábricas cruzaram os braços nesta manhã reivindicando aumento no valor do tíquete-alimentação, além de outras demandas.
De acordo com o Sindicato dos Químicos de São José dos Campos, as duas empresas estão com 100% das operações paralisadas, incluindo a adesão dos funcionários do setor administrativo, totalizando cerca de 4 mil trabalhadores.
“As trabalhadoras e trabalhadores estão revoltados com a intransigência da empresa de pagar um Ticket Alimentação com valor decente, a partir de agora, e não do ano que vem. Por isso os 4 mil trabalhadores da fábrica iniciaram greve na manhã desta terça-feira”, explica a direção do Sindicato.
A empresa é uma multinacional norte-americana que lucra bilhões às custas dos trabalhadores e se nega a dar o mínimo, sendo que o salário está achatado e a inflação real corroendo todo dia.
De acordo com o jornal Valor Econômico, “Em 2023, a Johnson & Johnson (J&J) teve um lucro líquido de US$ 13,3 bilhões”. Até setembro deste ano, já acumulou um lucro de 10,59 bilhões de dólares.
A Kenvue Inc., supera estimativas de vendas, contrariando a tendência de bens de consumo. As vendas orgânicas aumentaram 1,5% no trimestre. Os lucros da Kenvue até setembro de 2024 foram de US\$ 1,064 bilhão.
A empresa possui marcas como Aveeno, BAND-AID, Johnsons, Listerine, Neutrogena e Tylenol.
As trabalhadoras e os trabalhadores votaram Greve por tempo indeterminado. A Pauta e o comunicado foram protocolados na fábrica dia 21 de novembro. Vale ressaltar que o Sindicato e a categoria tem o amparo legal para realizar greve.
Leia também: TRT propõe a trabalhadores da Pepsico suspensão de greve até próxima audiência