Em assembleia nesta quinta-feira (14) com os trabalhadores da fábrica de Sumaré, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região tomou uma decisão sobre a demissão voluntária proposta pela Honda.
A categoria recusou a adesão ao programa e exige reunião para que seja feita nova proposta.
A Honda anunciou a abertura de PDV (Programa de Demissão Voluntária) nas fábricas de Sumaré e Itirapina, que juntas empregam cerca de 3 mil funcionários.
O LIBERAL falou com Sidelino Orsi Junior, presidente do sindicato da categoria, que revelou na tarde desta quinta a decisão dos trabalhadores de Sumaré.
Ele acusa a Honda de fazer rotatividade de funcionários para abaixar a média salarial disfarçada pelo PDV.
“Somos contra o PDV. O papel do sindicato é negociar emprego, estabilidade, salários, direitos, e não discutir demissão. O PDV da empresa é falso, fake news, como está na moda”, declarou.
Segundo ele, a empresa quer demitir e não tem condições. “Querem demitir quem ganha mais para, daqui a pouco, se precisar, contratar quem ganha menos e diminuir a média salarial”, apontou.
Agora, com a recusa do PDV por parte dos trabalhadores, foi acordado em assembleia que será protocolado um documento na empresa, pedindo uma reunião com a Honda para que faça uma nova proposta.
“Uma proposta inteira do PDV, e real, em que se o trabalhador optar por sair, sai imediatamente, sem ter que esperar até o final do ano, como apresentaram. E com outra proposta de indenização, esta não satisfaz os trabalhadores”, encerra Sidalino.
Nesta sexta-feira (15), será a assembleia em Itirapina, comandada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região.
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Outro lado
Questionada pelo LIBERAL, a Honda respondeu que não comenta a decisão do sindicato e reforçou que o objetivo do programa é “oferecer condições para uma transição segura àqueles que contribuíram com a empresa ao longo de suas carreiras”.
A nota afirma que existem colaboradores “enfrentando dificuldades para a transferência ou que não se adaptaram à região de Itirapina e desejam retornar à região de origem”.
O sindicato diz que não procede a informação e que houve insegurança dos trabalhadores devido à demora da empresa em realizar a transferência de uma unidade para a outra.
Fonte: O Liberal