Em assembleia realizada hoje, 1/10, os trabalhadores da General Motors (Chevrolet) São Caetano do Sul/SP ratificaram decisão aprovada na quarta-feira, 29/9, de paralisar suas atividades em rejeição à contraproposta salarial da GM São Caetano do Sul e decidiram entrar em greve por prazo indeterminado. A razão da paralisação é a recusa da empresa em não querer apresentar uma proposta significativa que atenda as reivindicações dos trabalhadores.
A contraproposta apresentada pela empresa visa a reposição integral da inflação a ser aplicada aos salários em 1º de fevereiro/2022, mais 50% do INPC do período, com aplicação em fevereiro de 2023, vale-alimentação de R$ 350,00 a empregados com salários até R$ 4.429,00, e a sua implementação em fevereiro de 2022, e abono de R$ 1 mil a ser pago em outubro de 2021.
O presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, reafirmou a decisão tomada na última quarta-feira pelos trabalhadores de hoje cruzarem os braços até que uma nova contraproposta seja apresentada pela direção da General Motors. “Não nos restou outra alternativa senão paralisarmos as atividades da empresa, pois a contraposta feita na mesa de negociação está aquém do que estamos reivindicando”, afirmou Cidão.
Trabalhadores da GM São Caetano do Sul reivindicam os seguintes itens:
- reposição salarial com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses;
- aumento real de 5%;
- Piso Salarial com correção pelo INPC de 2016 a 2021;
- vale-alimentação no valor de R$ 1 mil para os trabalhadores inseridos na grade nova e de R$ 500,00 para os demais;
- Participação nos Resultados (PR) no valor de R$ 18.000,00 com antecipação de R$ 10.000,00;
- adiantamento da metade do 13º Salário/2022 para fevereiro de 2022
- Inclusão de cláusula sobre home office;
- pagamento de quinquênio de 5%;
- retorno do reajuste da grade salarial a cada 6 meses e cesta de Natal.
Além disso, reivindicam a manutenção das cláusulas sociais que constam do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), particularmente a Clausula 42, que assegura estabilidade no emprego ao trabalhador portador de doenças ocupacionais e data-base em setembro.
Ressalte-se que a greve na GM foi decretada após 7 longas rodadas de negociação entre o sindicato e a direção da empresa.