Os trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, interior paulista, suspenderam temporariamente a greve iniciada ontem (24). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a paralisação foi suspensa porque na manhã de hoje (25) funcionários do setor administrativo, teriam sido intimidados pela Polícia Militar e induzidos a entrar na fábrica.
A unidade da Embraer da Avenida Faria Lima produz aviões comerciais e está sendo vendida para a Boeing.
De acordo com o sindicato, na noite de ontem houve uma reunião entre sindicato e empresa, mas a Embraer não apresentou proposta nova, entretanto exigiu o fim da greve. Os trabalhadores reivindicam 6,37% de reajuste salarial, enquanto a empresa propõe apenas a inflação (3,28%) e retirada de direitos da Convenção Coletiva da categoria. O Sindicato defende a continuidade das negociações, desde que tenham avanços na proposta patronal..
Empresa mantém proposta
Na noite de ontem, representantes da Embraer chamaram o Sindicato para uma reunião, às 21 horas, mas não apresentaram nenhuma nova proposta. Mesmo assim, exigiam o fim da greve.
Os trabalhadores reivindicam 6,37% de reajuste salarial, enquanto a empresa propõe apenas a inflação (3,28%) e retirada de direitos da Convenção Coletiva da categoria. O Sindicato defende a continuidade das negociações, desde que tenham avanços na proposta patronal.
Truculência Policial
“A truculência da PM a mando da empresa é um crime contra o direito à livre organização sindical e ao direito constitucional de greve. A paralisação foi suspensa, mas a luta dos trabalhadores continua e a greve pode voltar a qualquer momento”, afirmou o diretor do Sindicato Herbert Claros.
A paralisação foi suspensa, mas a luta dos trabalhadores continua e a greve pode voltar a qualquer momento”, afirma o diretor do Sindicato Herbert Claros.
A unidade da Embraer da Av. Faria Lima produz aviões comerciais. É esta a fábrica que está sendo vendida para a Boeing.
“Não é por acaso que a Embraer insiste na liberação da terceirização dentro da fábrica. A Boeing tem todo interesse em acabar com essa cláusula”, concluiu Herbert.
“O Sindicato vai tomar todas as medidas judiciais necessárias para denunciar o uso do Estado por uma empresa privada para reprimir os trabalhadores. Isto é grave e tem de ser apurado”, afirmou o advogado do Sindicato Aristeu Pinto Neto.
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