A greve é por tempo indeterminado e foi aprovada em assembleias convocadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no primeiro turno da produção e no turno administrativo, na matriz da empresa. Os salários dos trabalhadores da Embraer estão há quatro anos sem aumento real.
Com a greve, os trabalhadores rejeitam a proposta patronal de aplicar apenas a inflação do período (3,28%) aos salários, acabar com a estabilidade para lesionados e liberar a terceirização irrestrita na fábrica. A reivindicação é de 6,37% de reajuste e renovação da Convenção Coletiva na íntegra.
A cláusula da Convenção Coletiva que garante estabilidade para lesionados foi conquistada pela categoria metalúrgica na década de 1970.
O aviso de greve já havia sido protocolado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de são Paulo), na sexta-feira (20), que representa o setor aeronáutico nas negociações com o Sindicato durante a Campanha Salarial.
No início das negociações, a Fiesp havia proposto zero de reajuste e R$ 2.500, rejeitado na mesa pelo Sindicato. Na última rodada, o grupo patronal propôs apenas a inflação, sem abono.
Em sua fábrica de Botucatu, a Embraer propôs reajuste salarial pela inflação e R$ 4.000 de abono.
“Esta greve mostra não só a insatisfação dos trabalhadores com seus salários, mas principalmente que eles estão dispostos a lutar por seus direitos. Apesar de ser uma das mais importantes empresas do país, a Embraer desrespeita seus trabalhadores ao tentar empurrar propostas rebaixadas como essas”, afirma o diretor do Sindicato Herbert Claros.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos