O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo Mogi e Região, realizou no início da manhã desta segunda-feira (23) uma mobilização com os trabalhadores e trabalhadores da General Motors, e Mogi das Cruzes.
A paralisação foi organizada após a empresa, neste final de semana pegar de surpresa trabalhadores e Sindicato com a demissão de vários funcionários de suas fábricas em São Caetano no Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes.
Demissões por telegrama
Os trabalhadores ficaram sabendo das demissões neste último final de semana por telegrama e e-mail. A empresa não informou o número oficial de demissões.
Segundo a montadora, o motivo das demissões foi “a queda nas vendas e nas exportações” que teriam levado a empresa a “adequar seu quadro de empregados”.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, em sua conta no X, classificou como “absurda” a maneira como a empresa está tratando os funcionários.
“Simplesmente enviaram um telegrama informando a demissão! Um verdadeiro desrespeito”. protesta o líder sindical.
De acordo com Torres, o Sindicato já acionou o Ministério Público do Trabalho contra esta arbitrariedade e vai acionar o Ministério do Trabalho e Emprego cobrando responsabilidade da empresa.
“A GM não pode fazer isso com os trabalhadores e trabalhadoras”, diz Miguel Torres.
O sindicalista diz ainda que a greve é por tempo indeterminado e que os trabalhadores exigem o cancelamento imediato das demissões e a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores da GM.
A greve é unificada nas três unidades (Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos) e reúne cerca de 10 mil metalúrgicos.
São Caetano do Sul
Em São Caetano, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Aparecido Inácio (Cidão) liderou assembleia neste domingo (22), na sede do Sindicato.
Na ocasião, Cidão esclareceu aos trabalhadores e as trabalhadoras demitidos todas as providências legais adotadas pelo Sindicato.
Cidão disse que as demissões promovidas pela empresa são estapafúrdias e arbitrárias.
“Estamos e utilizando da força do nosso Sindicato, como instrumento de representação e mobilização da categoria, no sentido de manter os trabalhadores unidos e organizados frente às demissões pela GM”, afirmou Cidão.
O Sindicato convocou os trabalhadores demitidos e não demitidos para participarem da assembleia de amanhã, realizada nesta segunda-feira (23), as 6h no Portão da 04 da GM. “O momento é de união de mobilização”, reforça Cidão.