O corte veio com o fechamento do terceiro turno, implantado nas unidades em novembro do ano passado para atender à alta demanda do mercado na América Latina. Na época, foram contratados 870 profissionais em caráter temporário.
Segundo a Toyota, a não renovação de parte dessas contratações é consequência “da queda das exportações e da variação cambial”.
Em maio, a empresa já havia anunciado corte de 340 postos em Sorocaba. Agora, não vai renovar também 400 contratos de colaboradores por prazo determinado na cidade e mais 100 em Porto Feliz.
Dorival Nascimento, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região, diz que o órgão tentava evitar as demissões na unidade em Porto Feliz, mas as negociações acabaram.
Segundo o presidente do SMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região), Leandro Soares, há dois meses, a Toyota os procurou, relatando dificuldades econômicas por causa da crise na Argentina. O país vizinho é o destino de 93% dos veículos produzidos em Sorocaba para exportação.
“Com essas demissões, não vamos mais discutir nenhum ponto”, afirma.
“A montadora não crava que não haverá mais demissões. Queremos que ela se posicione de forma positiva com os que vão ficar e dê garantia aos que saírem de que eles terão prioridade em futuras contratações”, diz Soares.
O sindicato vai se reunir nesta terça-feira (25) com os trabalhadores.
A previsão da Toyota para a produção deste ano na fábrica era de 160 mil carros. Agora, reduziu para 125 mil -mesmo número de 2018.
Fonte: Zero Hora